Não está fácil para o Farense reerguer-se no campeonato, depois de um início de época com seis derrotas consecutivas – com José Mota no comando - e que muita mossa estão a fazer na sua classificação.

Tozé Marreco pegou depois no leme, os pontos começaram a aparecer e houve uma aproximação pontual na tabela, mas um ciclo que já leva nove jogos sem vencer atrasaram a equipa algarvia na recuperação, com a recente derrota (0-1) caseira com o Aves Sad a complicar ainda mais a vida aos leões de Faro. Uma vitória no Estoril no próximo sábado é vital para o Farense não deixar fugir (ainda mais) a concorrência, na batalha da manutenção.

O treinador teve como primeira missão estabilizar a defesa e tem apontado a necessidade de a equipa melhorar na finalização. E com razão. Em termos comparativos com a última temporada, os números indicam que os algarvios apresentam um deficit bastante acentuado em golos marcados.

Olhando então para essa contabilidade à 24.ª jornada, em 2023/2024 o Farense tinha 32 golos marcados (1,33/jogo) e era o 9.º melhor ataque da prova. Nesta temporada soma 15 (0,63/jogo) e divide com o Boavista o estatuto de equipa menos produtiva. Ou seja, comparando o mesmo número de jogos entre as duas épocas, os algarvios têm agora menos de metade de golos apontados.

A falta de um ‘matador’ também é visível. Em 2023/2024 Bruno Duarte destacou-se e foi um dos melhores marcadores do campeonato e na análise até à 24.ª jornada o avançado brasileiro que nesta temporada joga no Estrela Vermelha (Sérvia) já tinha oito golos marcados. Agora, o melhor artilheiro é Tomané, com três golos na Liga, somando mais um na Taça de Portugal.