Parecendo que não, a época arrancou há menos de dois meses que, para Braga e Vitória SC se arrastaram por tempos infinitamente superiores. A sequência de jogos que guiou os dois eternos rivais do Minho até à fase final da Liga Europa e Conferência terminou, momentaneamente, para dar lugar às seleções e aumentar a sede por jogos deste calibre. Como se, os deuses do futebol, cansados das corridas histéricas pela Europa, quisessem descansar para apreciar em paz e da melhor maneira possível este jogo.

A apenas um ponto de distância na tabela classificativa, Braga e Vitória SC chegam em fases diferentes da temporada. A um Carlos Carvalhal que, repentinamente, rendeu Daniel Sousa após uma jornada opõe-se um dos técnicos revelação dos últimos anos que dá pelo nome de Rui Borges e que acalenta o caldeirão de Guimarães. O Braga x Vitória SC é o plano ideal para o fim de um domingo e joga-se no terreno dos arsenalistas a partir das 20:30 deste domingo, 15 de setembro.

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3 aspetos táticos a observar no Braga x Vitória SC

Segurança defensiva do Braga: A conjugação de talento na frente do ataque arsenalista é absolutamente deslumbrante. Os problemas, à semelhança da última temporada, estão no setor mais recuado onde a segurança balança ao sabor do vento. Ficando por conhecer qual o papel de Yuri Ribeiro e João Fonseca e se Carlos Carvalhal quer fazer de Roger um Wenderson Galeno 2.0 – que em Braga, recorde-se, funcionou como ala, os laterais minhotos não oferecem garantias defensivamente e os centrais estão na mesma toada da época passada: entre o exibicionismo desmedido dos cortes perfeitos e a austera dor de um erro comprometedor.

Valorização do corredor central: Raramente o Vitória SC valorizou tanto tantos jogadores do centro do terreno. Dos titulares indiscutíveis Tomás Handel e Tiago Silva, aos mágicos Nuno Santos e João Mendes (que, com a saída de Ricardo Mangas, pode entrar na contabilização para o lado esquerdo) aos suplentes Samu e Manu Silva, cuja condição de arrancar vindo do banco só se explica olhando para o onze titular, os vimaranenses têm condições ideias para jogar futebol. E Rui Borges escolheu fazê-lo, aproximando os médios e privilegiando o jogo interior tantas vezes desprezado para lamento de Guimarães.

Duelo de extremos: O Braga tem alguns dos extremos mais entusiasmantes em Portugal com perfis diferentes em Bruma e Gabri Martínez, no lado esquerdo, e Roger Fernandes e o recém-chegado Rafik Guitane para a esquerda. João Marques, ainda à procura do lugar, pode jogar em qualquer um dos lados ou por dentro. A saída de Ricardo Mangas pode permitir juntar-se a Kaio César – nome a manter debaixo de olho – um jogador com características tão diferenciadas quanto João Mendes, Telmo Arcanjo ou Gustavo Silva. A escolha do extremo a atuar em cada corredor e a forma como a bola lá chegará para fazer a diferença será determinante no desenrolar da partida.

3 registos que a história nos dá

  1. O Braga não perde com o Vitória SC há oito jogos consecutivos em casa.
  2. Os últimos três jogos entre Braga e Vitória SC evidenciam o equilíbrio entre as equipas: uma vitória para cada lado e um empate.
  3. O Braga tem ampla superioridade em casa diante do Vitória SC: em jogos da Primeira Liga venceu mais de 60% e só perdeu 11 dos 65 já realizados.

3 jogadores a ter em conta no Braga x Vitória SC

Gabri Martínez: Chegou do Girona sem grande espalhafato ou expectativas, mas está a gerá-las pelas exibições dentro de campo. Não são muitos os extremos com as características incisivas e objetivas do espanhol que parte da esquerda com GPS ligado na baliza adversária. Junta à veia goleadora a capacidade para lançar com qualidade (e no lado oposto há o sempre profundo Victor Gómez).

André Horta: A dupla de irmãos Horta é da confiança de Carlos Carvalhal, mas é o mais recuado o que mais influenciou da chegada do técnico. Tinha a saída encaminhada, ficou por indicação do treinador e agarrou um lugar no onze. A lesão de João Moutinho e a recuperação contra o tempo de Rodrigo Zalazar aliadas às características agressivas no ataque à área para finalizar tornam-no um jogador importante num jogo no qual se preveem transições.

Tomás Handel: Não fossem os destaques naturais do Sporting e o médio do Vitória SC era, até ao momento, o melhor jogador da Primeira Liga. Sem grandes exageros ou malabarismos. Domina os tempos do jogo, oferece ao conjunto de Guimarães hipóteses para sair de forma segura e combina com os colegas. Diante do Famalicão aproximou-se da área para resgatar três pontos.

3 equipas em campo

Onzes prováveis

Braga: Matheus Magalhães; Victor Gómez, Paulo Oliveira, Bright Arrey-Mbi, Yuri Ribeiro; Vítor Carvalho, André Horta, Ricardo Horta; Roger Fernandes, Gabri Martínez, Amine El Ouazzani.

Vitória SC: Bruno Varela; Bruno Gaspar, Mikel Villanueva, Toni Borevkovic, João Mendes; Tomás Handel, Tiago Silva, Nuno Santos; Kaio César, João Mendes, Nélson Oliveira.

Arbitragem:

  • Árbitro: Luís Godinho
  • Assistentes: Rui Teixeira e Pedro Mota
  • 4.º árbitro: Miguel Nogueira
  • VAR: Manuel Oliveira
  • AVAR: João Bessa Silva

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