
Depois da Senhora da Graça, eis que o pelotão aborda esta quinta-feira outra mítica subida da Volta, o alto da Torre. Mais um dia que se perspetiva difícil, não só pelo traçado, mas também pelo calor e esperando-se que os incêndios também tenham acalmado.
Perspetiva-se, de resto, um bom espetáculo desportivo, tendo em conta que os dois primeiros e que são igualmente os principais candidatos à vitória final estão separados por apenas oito segundos. Artem Nych (Anicolor) parte de amarelo, à frente de Jesus Peña (Tavira).
"É uma etapa dura, em que podes ganhar ou perder muito tempo", resumiu o russo, que ontem viu o colombiano aproximar-se (estava a 12 segundos), com o 3º lugar na Guarda. A sua equipa, a Anicolor, trabalhou para anular a fuga, que cessou já dentro dos dois quilómetros finais. Terá sido uma boa estratégia, tendo em conta que Peña bonificou na meta? "Nunca sabes, porque eu podia ter vencido hoje. Não ganhei, OK, mas quatro segundos são pouco tempo", frisou o camisola amarela, desvalorizando assim o tempo ganho pelo rival. E no jogo das palavras, o ciclista do Tavira diz: "O Artem diz isso nas entrevistas [que Peña é o mais forte na montanha] e eu respondo que é ele o mais forte".
Veremos mesmo quem é hoje o mais forte entre o Sabugal e o ponto mais alto de Portugal Continental, cuja abordagem à Torre far-se-á pela Covilhã.
Brady Gilmore bisa
A sprintar ou numa chegada em empedrado, de 3ª categoria, manda Brady Gilmore. O australiano da Israel Academy bisou em vitórias, ao impor-se na Guarda depois de ter vencido ao sprint em Viseu. É também a terceira vitória da equipa, que já tinha ganho pelo espanhol Pau Martí em Fafe, tendo mesmo andado de amarelo dois dias.
Gilmore atacou no empredrado para bater Raul Rota (RP-Boavista), e Jesus Penã (Tavira), ambos a um segundos. Em 4º terminou o camisola amarela, Artem Nych (Anicolor).