Durante a apresentação da candidatura nas eleições da FPF, Nuno Lobo foi logo deixando algumas críticas ao rival na corrida e uma delas referiu o objetivo de cada um nesta campanha, acusando o atual presidente da Liga de já estar há muito em campanha e de forma pouco ética.

"Não estou há dois anos a fazer campanha encapotada com recursos dos clubes, nem peço ao aparelho da instituição da AF Lisboa para trabalhar para mim (como outros descaradamente fazem). Não peço, nem vou pedir, a nenhum clube ou dirigente para me elogiar", comentou, garantindo que a presidência da FPF é a sua "cadeira de sonho" e não um posto de passagem a caminho da UEFA ou da FIFA. 

"A Federação serve para abrir caminhos, encontrar soluções, apontar novos rumos para o futebol português e não pode servir a quem a preside. A presidência da Federação não é um ponto de partida, uma escala ou um entreposto para ambições desmedidas e utópicas. Não deixaremos que a Federação seja um trampolim para organizações internacionais ou instrumental para o ego de quem não pensa o futebol português, mas apenas no seu umbigo", disse Nuno Lobo durante o discurso.

E rematou com um ataque direto ao presidente da Liga: "Não posso ficar em silêncio, esconder-me ou resignar-me perante alguém que representa uma ameaça de regressão a tudo o que o futebol português conseguiu nestes últimos doze anos. Esta candidatura parte da base para o topo e não ao contrário! Esta candidatura não se esconde nem se enreda em calculismos e oportunismos, não se alimenta de favores e promessas, nem de prémios ou viagens indevidas. Esta candidatura regue-se por parâmetros éticos de que nunca abdicarei!"