Nuno Lobo é candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). A notícia não é propriamente uma novidade, mas agora é oficial depois do líder da Associação de Futebol de Lisboa ter apresentado esta tarde a candidatura. 

O dirigente dirigiu algumas palavras menos simpáticas a Pedro Proença, que será seu opositor na corrida à sucessão - embora ainda não o tenha oficializado -, mas garantiu que se for eleito terá "todo o gosto" em ter o atual presidente da Liga como vice na FPF.

"Há momentos na história e que nos garantem o futuro ou nos levam à estagnação... Temos hoje em Portugal um futebol a duas velocidades. O da Federação, pujante, e o futebol profissional, estagnado ", disse o candidato, anunciando que é para combater essa estagnação que pretende presidir à Federação nos próximos 4 anos. 

Numa candidatura que pretende dar continuidade ao trabalho realizado por Fernando Gomes, a palavra de ordem é Compromisso e assenta em três pilares principais.

1º - A construção de uma delegação da FPF no norte do país, uma nova cidade do Futebol, de forma a descentralizar o que considera ser uma sobrecarga na sede de Oeiras. A seleção de futebol feminino, por exemplo, poderá passar a utilizar esse novo espaço. Ainda não tem local definido mas será no eixo Porto/Braga.

2.º Reforçar o apoio à profissionalização de todos os 29 Sócios Ordinários da Federação, com aumento do apoio financeiro a cada um deles. Uma medida no valor de 5 milhões de euros.

3.º Criar um Fundo de Emergência ao futebol profissional e não profissional com o intuito de reforçar a competitividade de todos. Este fundo terá um montante global de 15M€. Essa verba passará a ser distribuída por todos os clubes a partir de julho de 2025. 

Nuno Lobo afirmou que conta já com o apoio de alguns clubes da Liga, mas não revelou se os maiores da Associação que preside - Benfica e Sporting - estão com ele. Contudo, recordou que quando se candidatou à AF Lisboa também não foi apoiado pelos rivais da 2.ª Circular.

Revelou que o futebol profissional não voltará à FPF, continuará a ser gerido pela Liga, ao contrário da arbitragem, que continuará ligada à Federação. 

Disse ainda que Luís Figo fará parte da Federação se for eleito presidente, mas explicou que não é o momento para anunciar já de que forma ou em que cargo. 

Garantiu que Roberto Martínez continuará a ser o selecionador nacional e uma novidade que deve agradar aos clubes mais pequenos: com Nuno Lobo como presidente da FPF, os jogos da Taça de Portugal serão sempre disputados nos estádios dos respetivos clubes e não em casa emprestada.