
O '4 Cantos do Mundo' é um podcast do jornalista Diogo Matos ao qual o zerozero se uniu. O conceito é relativamente simples: entrevistas a jogadores/ex-jogadores portugueses que tenham passado por pelo menos quatro países no estrangeiro. Mais do que o lado desportivo, queremos conhecer também a vertente social/cultural destas experiências. Assim, para além de poder contar com uma entrevista nova nos canais do podcast nos dias 10 e 26 de cada mês, pode também ler excertos das conversas no nosso portal.
Atualmente na Nova Zelândia, João Moreira conta com um vasto currículo internacional. Um dos países mais exóticos em que o internacional jovem jogou foi o Brunei, sendo que a experiência no DPMM FC foi tema de conversa no '4 Cantos do Mundo'.
«Surgiu-me a proposta do Brunei, um país que eu nem conhecia e fui na aventura. Fiz alguma pesquisa e percebi que havia lá um sultão que era uma das pessoas mais ricas do mundo. Para além disso, o filho dele era quem geria o clube para onde eu ia, apenas e só por prazer», começou por dizer.

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Perante este cenário, é facilmente percetível que o luxo era algo presente no dia a dia do clube. «Por exemplo, no centro de estágio ele tinha uma cadeira bordada a ouro. Os jogadores não tinham permissão para entrar no escritório dele, mas, não sei bem porquê, eu criei uma boa afinidade com ele. Quando cheguei disseram-me que não podia olhá-lo nos olhos ou levantar-lhe a mão, mas sempre o cumprimentei. Quando ele me via tocava-me e falava comigo como se eu fosse amigo de infância dele- os locais ficavam mesmo surpreendidos», vincou, indo mais longe:
«Lembro-me também que ele vinha com um carro de 2,5 milhões de euros- um Pagani em que as portas abriam para cima. Ele chegava de frente e depois tinha de virar o carro para sair; no entanto, não era ele que fazia a manobra. Ele parava o carro, saía e depois vinha um dos escoltas dele virar o carro e deixá-lo pronto para sair.»
Por fim, João Moreira partilhou uma outra história inusitada, mas desta vez não tão relacionada com o clube. «Eu vivia num condomínio que ficava mesmo ao lado de uma floresta. Sempre me disseram para fechar as janelas quando saísse de casa, mas houve um dia em que me esqueci. Quando voltei, a cozinha estava toda destruída. Não percebi o que tinha acontecido, mas no dia seguinte acordei cedo e vi dois chimpanzés machos e uma fêmea com as crias na barriga. Percebi logo o que tinha acontecido [risos]», rematou.