A norte-americana Kate Douglass e o húngaro Hubert Kos lograram esta sexta-feira títulos mundiais no lote de finais dos Mundiais de natação pura em Singapura 2025, no dia em que a seleção portuguesa se despediu da competição.

Com um tempo canhão, que bateu o recorde dos campeonatos, a norte-americana Kate Douglass venceu os 200 bruços, com 2.18,50 minutos, segunda melhor marca de sempre, atrás apenas dos 2.17,55 que a russa Evgenia Chikunova nadou em 2023.

A russa ficou em segundo lugar, deixando o bronze para a sul-africana Kaylene Corbett, e Douglass, de 23 anos, somou novo pódio, depois da prata nos 100 bruços, na terça-feira, e outra numa das estafetas.

Ao todo, são já 17 medalhas em Mundiais de piscina longa, a que se somam cinco medalhas olímpicas, duas delas de ouro, incluindo o título dos 200 bruços em Paris 2024.

Nos 100 livres, distância órfã da sueca Sarah Sjostrom, recordista mundial e campeã olímpica que está afastada da modalidade após ter sido mãe, brilhou a holandesa Marrit Steenbergen, que defendeu o título mundial de Doha2024 com 52,55 segundos.

Foi a primeira a manter o ouro conquistado no ano passado na edição deste ano, tendo batido a australiana Mollie O'Callaghan, segunda, com 52,55, depois dos títulos de 2022 e 2023, e a norte-americana Torri Huske, terceira, com 52,89.

Primeira medalha para o Reino Unido, a poucos dias do final dos campeonatos, e logo na estafeta 4x200 metros livres, em que os Estados Unidos continuaram a desiludir e ficaram fora do pódio, assim como a França, com Léon Marchand na piscina.

Matthew Richards, James Guy, Jack McMillan e Duncan Scott nadaram em 6.59,84 minutos, únicos abaixo dos sete minutos, e levaram o ouro, deixando no segundo lugar a China, com recorde da Ásia (7.00,91), e em terceiro a Austrália.

A conhecer grande evolução nos tempos, os 200 costas masculinos tiveram esta sexta-feira no húngaro Hubert Kos um campeão por menos de dois décimos de segundo, deixando o sul-africano Pieter Coetze em segundo.

Kos registou 1.53,19, Coetze 1.53,36, e são apenas o terceiro e quartos a nadar abaixo de 1.54 desde 2020, numa final em que o francês Yohann Ndoye-Brouard foi terceiro, com 1.54,62.

Coetze procurava juntar os 200 aos 100 metros costas no ouro, numa final nadada quase sempre abaixo do parcial de recorde do mundo, mas tem de se contentar com a prata, atrás do novo recordista da Europa.

Nos 200 bruços, o chinês Qin Haiyang, recordista do mundo, recuperou o título mundial que havia conquistado em 2024 ao nadar a distância em 2.07,41 minutos, deixando em segundo o japonês Ippei Watanabe (2.07,70) e no bronze o neerlandês Caspar Corbeau (2.07,73).

É o segundo título para o chinês esta semana, depois do ouro nos 100 bruços, à frente do primeiro pódio desde 2019 em Mundiais para Watanabe e de Corbeau, de novo no bronze após os Jogos Olímpicos Paris2024.

Foi por uma 'unha negra' que a portuguesa Camila Rebelo não entrou na final dos 200 costas, distância em que é campeã da Europa, ao registar o nono melhor tempo nas meias-finais, aos 22 anos, com 2.09,40 minutos, segunda melhor marca de sempre, a pouco menos de meio segundo do seu recorde nacional, de 2.08,95.

Salvo alguma desistência que coloque Rebelo, primeira reserva, na final dos 200 costas, Portugal encerrou esta sexta-feira a participação nos Mundiais de Singapura 2025, logo com um dos melhores resultados de sempre no feminino para a campeã europeia.

Antes, nos 50 mariposa, Diogo Ribeiro concluiu a final no quarto lugar, com recorde nacional, agora fixado nos 21,77 segundos, e já hoje acabou os 100 mariposa em 12.º lugar, nos outros resultados de destaque desta participação.

Diana Durães foi 24.ª nos 800 metros livres e 25.ª nos 1500 livres, enquanto Francisca Martins foi 15.ª nos 400 metros livres e 20.ª nos 200 metros livres.