
José Mourinho, fiel ao seu estilo, comentou a novela em torno do futuro de Gyökeres com muita ironia à mistura. Numa entrevista ao Canal 11, o treinador português acabou por deixar elogios ao avançado sueco, ressalvando, porém, que o ainda dianteiro do Sporting - que já tem tudo acertado para reforçar o Arsenal - deverá encontrar mais dificuldades na Premier League.
Acha que o Gyökeres é jogador para ter impacto na Premier League?
"É um grande jogador. Não tenho dúvidas. Mas o Sporting tinha uma maneira de jogar muito em função dele, muito adaptada. Não sei qual o pensamento inicial do Hugo Viana e do Ruben [Amorim], é um jogador com grande potencial. Mas em Inglaterra vai jogar contra equipas mais fortes, jogadores melhores. Infelizmente, das 3.400 mentiras que já foram ditas sobre o mercado, uma delas é que ele vai para o Fenerbahçe. Infelizmente... Tanta mentira, tanto interesse, tanta gente a trabalhar para empresários, para clubes... É uma guerra que não é minha".
Não vai contratar em Portugal?
"Se houver alguma coisinha barata..."
Ganhou tudo o que havia para ganhar até hoje. Estamos a começar mais uma época. O que ainda o alimenta para andar neste meio?
"O que me alimenta... Quero ganhar o próximo jogo. Gosto muito daquilo que faço. Não consigo encontrar um motivo para não continuar, para não me sentir jovem. Não consigo encontrar um motivo que me faça sequer pensar que está quase a ser ou que vai ter de ser naquele momento. Depois, tenho uma família que é a melhor que um treinador pode ter. Continuam a motivar-me, a pensar que tenho muito pela frente e muito a fazer. Sabem que o sacrifício de não estarmos sempre juntos é uma coisa que é compensada por eu sentir-me vivo e motivado. Não encontro nenhuma diferença entre o Mourinho que começou há 20 e tal anos e o de hoje. A maneira como tento preparar épocas, treinos, como vivo os treinos, tento criar empatias com aqueles que trabalham comigo... Não consigo encontrar diferenças. Nem vislumbrar o dia em que vou dizer 'vou fazer mais 5 ou 10 anos'".
Hoje é mais fácil ou difícil ser treinador?
"É mais difícil. O jogo mudou. Digo sempre uma coisa que é muito básica e parece até um bocadinho estúpida: a equipa que marca mais golos é a que ganha. Mas é diferente. Ao nível do treino, a especialização. No meu princípio, dizia que um treinador já era um gestor. Imaginem agora... As estruturas que os clubes têm para nos darem apoio, a educação desportiva da parte dos jogadores, os media. Ainda há pouco tempo, numa das minhas poucas colaborações em cursos de treinadores, me perguntaram o que era importante para um jovem treinador poder pensar em construir alguma coisa de importante. A minha resposta foi completamente diferente do que teria sido há 20 anos. Há 20 anos teria dito que o professor Manuel Sérgio me ensinou que um treinador que só percebe de futebol, não percebe nada de futebol, e então o que teríamos de nos reunir de conhecimento. Hoje, partindo do pressuposto que isto é real, digo que o melhor é estar rodeado de pessoas de altíssimo nível. Agora, quem cria mais perceções é o melhor. Antigamente, como conseguias trabalhos importantes? Ganhando. E agora? Só com perceções... Fui para a Premier League em 2004 a ser campeão europeu, e nesse ano foram dois treinadores estrangeiros para a Premier League. O campeão europeu, e o vencedor da Taça UEFA. Benítez e eu. Hoje em dia, vão treinadores para a Premier League que nem sei o nome. E isto não é desrespeituoso, é a realidade. Há treinadores que são escolhidos com base em data, em números. Hoje vende-se a grande ideia de: mais importante do que ganhar, é jogar assim, é parecer assado. As coisas mudaram radicalmente".
A perceção que se tem sempre do mister é que tem de ganhar sempre...
"Mas isso é culpa minha. Ganhei muitas vezes. No Tottenham não ganhei, tive pouco tempo, mas cheguei a uma final que não me deixaram jogar. Na Roma ganhei, fui a uma segunda final europeia. O Fenerbahçe é o primeiro clube onde estou verdadeiramente uma época inteira sem jogar uma final ou ganhar um título".
Hoje em dia, é mais desafiante quando enfrenta equipas mais bem preparadas?
"Mas há mais condições. O conhecimento hoje em dia é muito mais globalizado, antigamente estava muito mais concentrado. Lembro-me que depois dos meus anos de FC Porto, houve um interesse muito grande pela maneira como eu trabalhava. Escreveram-se muitos livros. Falou-se muito de modelo de jogo, de transição ofensiva e defensiva, utilizava-se um vocabulário novo. E os treinadores de maior conhecimento, que seguramente não era eu, tinham muito pouco coisa. Como trabalhava Sir Alex Ferguson? Ninguém sabia. Às vezes digo à televisão do Fenerbahçe: 'Este exercício não'. Custou-me muito a pensá-lo, basta 10 segundos daquele exercício no Instagram e alguém vai buscá-lo. No futebol não há 'copyright'. Qualquer um pode fazer qualquer coisa. O mesmo exercício, a mesma ideia, nas mãos de um ou outro treinador, já estamos a falar de algo completamente diferente. Hoje em dia há mil sites. Uns pagos, outros não pagos. Depois tens os Instagrams de todos os clubes, onde basta 30 segundos do treino para, quem percebe de futebol, conseguir perceber... Hoje em dia é muito mais fácil o conhecimento chegar a todos. Isto dá origem a que, com as devidas diferenças, o mesmo exercício que alguém viu o Ancelotti a fazer no Real Madrid, seja feito na Liga 3. Com protagonistas diferentes. Mas as equipas estão mais bem preparadas. O aparecimento da especialização, do analista. Desde que não desvirtue a natureza, a identidade do treinador, é uma 'arma' importante. Eu sou do tempo em que Van Gaal me mandava ver o jogo para um ponto alto para comunicar com ele via auricular. Hoje em dia? Todos, ao lado do treinador do banco, têm um iPad, o jogo ao vivo, existe a câmara tática. Hoje em dia saio do banco 3 ou 4 minutos antes do fim da 1.ª parte porque, no balneário, tenho à minha disposição meia dúzia de clipes que já escolhi durante o jogo e quero mostrar aos jogadores. A coisa boa é que antigamente as coisas de ponta eram só das equipas economicamente mais fortes, hoje em dia é de todos".
E os jogadores de hoje são melhores? Têm de perceber melhor o jogo? Hoje diz-se que os jogadores têm de conhecer 4 ou 5 sistemas táticos...
"Um modelo de jogo, hoje, já é um modelo de muitos jogos. Hoje, quando oiço falar de um sistema tático, isso já não existe. Existem muitas formas de construir, muitas formas de defender. As equipas podem construir a três, a quatro, a três com o lateral, a três com o médio... Há mil e uma situações. É muito difícil dizer 'esta equipa jogou em 4x2x3x1'. Chamas a isto cultura tática. Eventualmente podemos considerar isso, é algo que implica que se treine muito mais o ponto de vista tático. Os jogadores são obrigados a crescer, a ter um ponto de vista diferente".
Os laterais de hoje em dia saem da ala, vão jogar como médios, assumem a construção...
"O único problema inerente a isto é que, muitas vezes, tenta-se copiar sem haver condições para isso. Um lateral-direito como tu [Cândido Costa], a vir jogar dentro, tem de ser um lateral de determinada capacidade técnica. Costumo dizer que um lateral que seja fraco a atacar, não deve atacar por dentro nem por fora. Deve ficar atrás e construir a três. Uma coisa que vejo muito e que sou um bocadinho crítico, é quando vejo treinadores a tentarem copiar algo que viram, mas em contextos completamente diferente. Vamos jogar a partir de trás com um guarda-redes pé de pau? É complicado. Lembro-me que, quando o Guardiola chegou ao Manchester City, o guarda-redes era o da seleção inglesa. O Joe Hart. E ele não o quis. Era o melhor guarda-redes inglês. Quis o Claudio Bravo, que vinha do Barcelona. Mas quis melhor e foi buscar o Ederson. Estamos numa geração em que vemos treinadores que tentam fazer coisas que não resultam e 'morrem', mas dizem que 'morreram' com a sua ideia. Se morreste com a tua ideia, és estúpido. Para mim isso está errado. Uma coisa é dizeres 'este é o meu ideal'. Eu também tenho o meu. Mas há situações em que não podes construir. Uma das caraterísticas que um treinador deve ter é a de adaptar as ideias ao que tem. Eu gosto de ver um lateral de muita qualidade a vir jogar por dentro. Adoro. Mas quantos é que o podem fazer? Adoro o Hakimi, que se projeta no ataque. Adoro. Mas não há muitos Hakimis".
Há muitos laterais que até vêm ao meio-campo. O que se ganha com isso?
"Se o lateral vier dentro e o 'espelho' dele vier com ele, a bola entra facilmente no ala. E depois cria-se o 1x1. Mas uma coisa é criares um 1x1 com um ala que 'rebenta', outra é com o Cândido Costa, que às vezes...".
Muitos treinadores já reconheceram a sua importância. Tem alguma explicação para não haver muitos treinadores portugueses nas principais ligas?
"Na Premier League há mais do que nunca... Marco [Silva], Nuno [Espírito Santo], Vítor [Pereira] e Ruben [Amorim]. Há quatro. Um dos quais, numa das maiores equipas inglesas. É ótimo. Estamos a falar de 20 treinadores na melhor liga do mundo e quatro são portugueses...".
O Ruben [Amorim] já falou várias vezes de si como uma inspiração. Até há umas fotografias consigo. É um contexto difícil para ele, percebe o que tem passado?
"Há um momento crítico naquele clube, que é, não só o da saída de Sir Alex, como a do David Gill. Entrou o David Moyes, mas quando sair o meu [documentário na] Netflix, a história vai ser contada. Eu chego depois e, quando chego, chego a um clube que ainda vive esse período. Ganhámos várias coisas, ficámos em 2.º no campeonato. Continuo a dizer que não compreendo os clubes que são punidos com o fairplay financeiro e pagam [em dinheiro]. Acho que deviam pagar pontos. O Manchester City foi punido e, legalmente, devíamos ter vencido o campeonato. Mas não foi suficiente para eu ter estabilidade, continuidade. Hoje, acho que com a mudança de propriedade no clube, com um proprietário que não tem grande experiência no futebol mas sim no desporto... O que aconteceu ao Ruben, de ser o treinador do pior Manchester United da história da Premier League e de ter continuidade e confiança para continuar e ser Ruben Amorim, é sinal de que há muita coisa a mudar. Tendo essa estabilidade... Todos estamos de acordo que é um treinador de grande potencial e personalidade. Acho que tem um potencial incrível para poder fazer um grande trabalho".
Hoje, o treinador tem de ter mais parte mental ou tática? Complementam-se? O mister continua a conseguir agregar um grupo de trabalho como antes?
"Comunica-se de outra forma, mas acho que é muito difícil haver sucesso sem empatia. Para mim, mais importante do que a comunicação com o exterior é a empatia que se cria internamente. Quando me chamam grande comunicador, agradeço sempre, mas digo que um grande comunicador não ganha títulos e eu ganhei 26. Um treinador, para ganhar, tem de ter diferentes capacidades. E essa é uma coisa que, com mais ou menos sucesso, eu tento sempre, criar empatias internas. E isso não significa que possas permitir que um jogador seja mais importante do que o grupo. Para mim é inegociável. Mas já me aconteceu um clube pensar assim. E perdi... Acredito que, hoje, muita gente possa perder. Se me perguntares se sou exatamente igual ao que era no passado, quando dizia que ninguém é mais importante do que o meu grupo? Se calhar hoje tens de ser mais flexível. Quando comecei a romper alguns 'dogmas' no FC Porto, isso ajudou a criar empatia, entidade, onde o treinador é um do grupo que tem mais responsabilidades. Ainda hoje, com idade para ser pai de todos [os jogadores], há algo que digo sempre: não gosto de ter força porque sou o chefe, não gosto de ter força porque tenho X anos disto ou porque ganhei muito mais do que os jogadores. Eu gosto é de sentir uma força conquistada de uma maneira natural. Gosto que falem comigo de tudo o que possam querer falar. Nesse aspeto não mudei absolutamente nada".
Para o mister, quando acaba o jogo, quando é que diz 'a minha equipa jogou bem'?
"Nunca digo que a minha equipa jogou bem se perdeu. Nunca. Analisamos o que fizemos bem e mal, mas, mesmo ganhando, há coisas boas e coisas más. Essa análise depois do jogo é algo que, hoje em dia, fazemos com grande facilidade. Ao nível da análise, tenho uma pessoa que só me ajuda a preparar o próximo jogo e outro que ajuda a analisar o último. Ganhes ou percas, é impossível ter um jogo perfeito. Por uma questão de filosofia e identidade, jogar bem e perder não. Podes é ganhar não tendo jogado bem. Mas, por uma questão de filosofia, dizer que jogámos bem sem ganhar... Não consigo. Depois claro, para o grupo dizes que não correu bem, fomos infelizes, não finalizámos... Aí sim. Mas internamente, perder não joga bem".
E hoje em dia ainda fica tudo 'escuro' nas derrotas?
"Antigamente era muito difícil para mim, depois de uma derrota, expressar-me muito. Ao intervalo não. Houve um jogo frente ao Belenenses onde o intervalo foi coisa feia... No fim do jogo não. Com a experiência e estabilidade... Tento continuar a ser igual. Nasci treinador e vou morrer assim treinador. Uma coisa são os jogadores com quem trabalhas agora, outra são os jogadores com quem trabalhaste há muitos anos e voltas a encontrar. Já encontrei muitos jogadores do meu passado, e com quem não tive a relação perfeita, que gostam da frontalidade, da verdade... Exemplos? Há jogadores que me dizem podiam ter chegado mais longe se tivessem seguidos as minhas ideias. Outros, que me vêm fazer perguntas de 'naquela situação, o que pretendias'?".
Há algum jogador com quem tenha mesmo chocado?
"Aqueles com quem choquei eram os melhores. Nunca fui aquele, como se diz na gíria, de ir 'esmagar' o frágil. Quando ia forte, era lá em cima. E normalmente, os de lá de cima, de um nível superior, não são só jogadores grandes. São também homens grandes, com um ego grande, mas que têm noção da realidade. Sempre foi assim. Os jogadores com quem mais desfrutei nesse sentido foram Drogba, John Terry... Não vou dizer malta do FC Porto porque depois ficam ciumentos e mandam-me mensagens. Maicon, Zanetti...".
Ainda tem aquela sensibilidade de se focar nos que não tiveram minutos num certo jogo?
"Obrigatório... Enquanto aqueles que jogaram estão mais em recuperação. Hoje em dia, pelo menos no meu caso, tentámos evoluir o treino de recuperação e torná-lo também num treino tático. Intensidade baixa, muitas pausas... Mas tentámos incluir também algo tático. Os que não jogaram, não podem estar a treinar com um assistente. O 'homem' tem de estar lá".
Qual a equipa onde conseguiu deixar mais a sua impressão digital?
"Acho que o meu FC Porto ficou. Acho que o Chelsea foi a melhor equipa de sempre da Premier League. Passaram agora 20 anos dessa equipa. O Arsenal foi invencível, mas foi invencível numa época. Nós, em duas, fomos mais invencíveis do que eles. Eles fizeram 38, nós fizemos 46. Mas foram 46 divididos em duas épocas. Era uma equipa fantástica. Não ganhámos a Champions porque não havia tecnologia de linha de golo. O Inter ganhou tudo. Mas, por exemplo, a Roma deu-me um prazer terrível. Não quero chegar ao limite de dizer que foram feitas grandes omeletes sem ovos, seria um desrespeito para a minha malta, mas ganhar a Conference League, ainda que seja a Conference, e chegar à final da Liga Europa com as dificuldades que tínhamos... Para mim, foi das coisas mais bonitas. Consegui unir um clube que não estava unido, trazer os adeptos que tinham 'fugido'. Fizemos Roma ficar deserta duas vezes quando fomos às duas finais. Deu-me um prazer especial. Aqui no Fenerbahçe... No primeiro ano foi uma descoberta de um mundo novo. Nem mesmo o meu Instagram, com alguns posts um bocadinho enigmáticos ou sarcásticos, fez com que as pessoas percebessem. Hoje vamos perceber se a minha experiência me ajudou a preparar melhor esta nova época".
Podemos ganhar o Mundial'2026?
"Podemos. Mas também podemos perder... Dizer 'temos de' é injusto. Mas acho que é absolutamente normal todos nós, portugueses, termos essa expectativa. Quem ganha a Liga das Nações, que é um mini-Mundial... As equipas da Liga A e depois a final four... Se fizermos aqui uma possível convocatória para o Mundial, a minha vai ser diferente, a vossa vai ser diferente... A que vale é a que o Roberto Martínez fará. Eles vão, nós vamos todos atrás".
De fora, como olha para o campeonato português? Ainda é competitivo?
"Não. Acho que não é competitivo. Quando saí da Roma, estive em Portugal meia dúzia de meses e fui várias vezes à Luz, a Alvalade... Vi muitas vezes o Benfica e o Sporting contra as equipas da metade para baixo. Não é competitivo"
Há algo que se possa fazer para dar a volta a isso?
"Estou por fora. A centralização dos direitos televisivos pode equilibrar as forças, mas quando vemos orçamentos, janelas de transferências, os jogadores que vêm... Estamos a falar de uma luta muito desigual. Os três grandes são os três grandes. Obviamente que o Sp. Braga cresce, com o todo o mérito, mas acho que Sporting, Benfica e FC Porto continuam a uma diferença significativa".
Qual o mais preparado para atacar esta temporada?
[n.d.r.: entrevista foi feita antes das últimas transferências dos três grandes] "As janelas de mercado acabaram de abrir, está tudo muito parado. O presidente do FC Porto já disse que ia atacar com tudo, certamente vai melhorar muito. O Sporting vai à Champions, são muitos milhões que entram à partida. Gyökeres sai ou não sai... A maneira como o Benfica vai funcionar no mercado... Há uma série de fatores. É completamente impossível antecipar, os mercados são fundamentais".
Mas é um mercado ao qual tem atenção?
"Tenho atenção, mas também tenho noção da realidade. Um jogador jovem em Portugal, com aspirações a muito, não penso que a Turquia seja um mercado favorito. Kökçü? Mas o Kökçü vai para casa. Vai para casa, sai cedo e ganha bem. E já não chateia o Bruno Lage...".
A fechar, quer deixar uma mensagem à família do Diogo Jota e do André Silva?
"Cumprimentei o Jota duas vezes. Uma vez que jogámos Tottenham-Wolverhampton, e outra na Gala das Quinas da Federação. Não o conhecendo, conheco-o tão bem... A estrutura dele é a minha. Direitos de imagem, empresários... Depois, o meu novo colaborador esteve com ele no Wolverhampton uma série de anos. Conheco-o bem sem nunca o ter conhecido. Toda a gente me falava daquele rapaz com amor. Era o jogador, o jogador inserido no grupo, o rapaz, o rapaz de família, a maneira como interagia com a estrutura. Devia ser mesmo mesmo um rapaz fantástico. Continuo a dizer que espero um dia, mas só daqui a 40 ou 50 anos, perceber o porquê destas coisas. É difícil perceber".