
Mauricio Moreira assumiu esta segunda-feira que é difícil ficar fora da 86.ª Volta a Portugal em bicicleta, com o campeão de 2022 a considerar, contudo, que é a "decisão mais adequada" após uma temporada que correu "muito mal fisicamente".
"Para mim, como ciclista, logicamente que não é uma deceção, mas é difícil. É uma situação que, se calhar, no ano passado ou no início do ano não pensava, mas este ano sinceramente tem corrido muito mal fisicamente. Tenho tido muitas lesões... aliás, não são muitas, é a mesma que me tem dificultado muito durante todo o ano", resumiu, em declarações à Lusa.
Campeão da Volta a Portugal em 2022 e 'vice' no ano anterior, o uruguaio de 30 anos ficou de fora das opções da Efapel para a 86.ª edição, que arranca na quarta-feira, na Maia, e termina em 17 de agosto, em Lisboa.
A lesão no tendão isquiotibial das duas pernas impediu que 'Mauri' conseguisse ter "uma regularidade tanto nos treinos como nas competições" durante uma época em que concluiu apenas a Prova de Abertura e o Grande Prémio Abimota e somou só 10 dias completos na estrada.
"Se formos a ver o calendário, pouco ou nada consegui competir. Chegada a esta altura, tomámos a decisão com a equipa. Acho que é a decisão mais adequada, porque também estarmos a correr o risco de estar na partida da Volta e a meio ter que desistir por causa da mesma lesão...", notou.
Mauricio Moreira, que se mudou este ano para a Efapel depois de ter passado quatro temporadas na agora denominada Anicolor-Tien21, não sabe ainda se vai acompanhar o desenrolar desta edição da prova 'rainha' do calendário nacional.
"Para mim, é difícil. Sou das pessoas que gosto é de competir, gosto de ser eu quem está em cima da bicicleta. Para mim, é difícil vê-la de fora. Mas também há sempre uma primeira vez para tudo. Se calhar, esta vou vê-la pela televisão para aprender um bocado o que se vê de fora e poder aplicá-lo para o próximo ano", concedeu.