
O apuramento para os oitavos de final, ultrapassar a fase de grupos, é objetivo 'inabalável' da seleção portuguesa para a fase final do Eurobasket'2025, garantiu à agência Lusa o selecionador nacional, Mário Gomes.
"Se o objetivo é passar a fase de grupos? Claro que é. É desde de fevereiro [quando foi conseguido o apuramento para a fase final], e não temos motivos nenhuns para o alterar, antes, pelo contrário", frisou o técnico luso.
De acordo com o Mário Gomes, os jogos de preparação, nomeadamente a vitória face à campeã europeia Espanha [76-74 em Málaga, em 5 de agosto] mostraram a "capacidade competitiva" do conjunto luso.
"Não temos razão nenhuma para nos desviarmos dos nossos objetivos", reforçou o técnico luso, consciente, porém, de que se trata de uma meta "muitíssimo difícil de conseguir", no que será, "provavelmente, o grupo mais difícil".
A formação das quinas, na quarta participação na fase final, após 1951, 2007 e 2011, vai defrontar a Sérvia, a coanfitriã Letónia, a República Checa, a Turquia e a Estónia no Grupo A, em Riga, e estreia-se na quarta-feira, frente aos checos.
"Normalmente, quando se fala da constituição dos grupos, dá-se atenção às equipas mais sonantes dos potes de cima, mas a nós saiu-nos a 'fava' dos potes intermédios", recordou.
Mário Gomes referia-se à Turquia, que, na sua opinião era "de longe, a melhor" do pote 4, sendo inclusive apontada como uma das 10 seleções mais fortes que vai estar no Eurobasket'2025, junto a outras duas seleções do Grupo A, a Sérvia e a Letónia.
Ainda assim, os objetivos "continuam a ser os mesmos" e a confiança também "é a mesma", sendo até "reforçada", face às semanas de trabalho em conjunto.
"Não há tanto tempo como seria desejável, mas é mais algum tempo do que nas 'janelas'. E, portanto, como eu costumo dizer, o passado é importante, mas o que conta mesmo é o presente, porque o passado só conta quando terminamos a carreira e formos fazer parte do museu", afirmou.
O que conta é o que se vai poder fazer: "O facto de a história ser a que é, não nos faz desviar dos nossos objetivos, nem nos faz pensar que é mais fácil, ou que é mais difícil".
A aventura começa na quarta-feira, dia do jogo com a República Checa, e Mário Gomes não foge à sua importância.
"É fundamental. Seria sempre, independentemente do adversário, e o começar bem pode não ser só em termos de vitória e derrota. Pode ser de demonstração de capacidade ou de incapacidade", explicou o técnico luso.
Mário Gomes reforçou: "O primeiro jogo seria sempre determinante e é sempre fundamental numa competição tão curta como esta. Tão curta e tão dura, porque são cinco jogos numa semana. Neste caso, acresce ainda um pouco mais porque a República Checa é das equipas que tem o mesmo objetivo que nós".
"No papel, é das equipas que, em princípio, não aspira aos lugares primeiros da competição, mas aspira a ser apurada. E, portanto, uma vitória nesse jogo seria sempre muito importante. Neste caso, é mais importante ainda", especificou.
O treinador luso lembra, porém, que o jogo não define, por si só, o destino da formação das quinas.
"Se vier [a vitória], não está nada garantido. Mas, se não ganharmos o primeiro jogo, vamos ao segundo, e depois do segundo vamos ao terceiro, porque também não está nada perdido. Nós temos que reagir", frisou.
Segundo Mário Gomes, todos os encontros contam: "Não temos tempo nem para chorar, nem para entrar em euforia. Portanto, aquilo é atar e pôr ao fumeiro, como se costuma dizer".
Os comandados de Mário Gomes começam com os checos (quarta-feira) e, depois, defrontam os sérvios (sexta-feira), os turcos (30 de agosto), os letões (01 de setembro) e os estónios (03 de setembro), precisando de ficar nos quatro primeiros para seguir para os 'oitavos'.
A fase final do Europeu de 2025, que será a 42.ª edição do evento, realiza-se na Letónia, Chipre, Finlândia e Polónia, entre 27 de agosto e 14 de setembro.