No final do encontro na Bonifika Arena, em Koper, o selecionador nacional Mário Gomes mostrou-se verdadeiramente satisfeito com a atitude da equipa apesar do desaire ante a Eslovénia por 83-82 (24-17, 20-32, 22-19, 17-14) em partida a contar para a 4.ª jornada do Grupo A da fase de grupos da qualificação para o EuroBasket 2025.
O sabor amargo que também sentia para além da derrota que teria qualificado diretamente a turma das quinas para o campeonato – passam os três primeiros de cada poule – devia-se sobretudo à forma como a Seleção não soubera gerir a vantagem no 4.º período, que chegou a ser de 9 (66-75), sobretudo nos derradeiros 3 minutos (74-81), após um triplo de Travante Williams que obrigou Aleksander Sekulic a pedir desconto de tempo.
«Este grupo de jogadores tem uma química muito especial, constituído por jogadores com muito carácter. Como havia dito no lançamento desta janela [de apuramento], é uma equipa que deixa sempre tudo dentro de campo e hoje uma vez mais foi assim. Desse ponto de vista não há nada a apontar aos jogadores, antes pelo contrário, até é efectivamente um privilégio treinar este grupo».
«Quanto ao encontro propriamente dito, foi um jogo que não soubemos ganhar. Em que apresentámos argumentos suficientes para vencer e não o soubemos fazer porque nos dois últimos minutos jogámos sem disciplina tática para atacar a pressão do adversário, que fez o que tinha a fazer».
«[No final] Cometemos alguns turnovers que não se podem fazer nesta altura da partida e por isso não soubemos ganhar. Agora, isto não é um drama, é só um jogo de basquete, e continuamos a depender só de nós e, mesmo perdendo, hoje, por um ponto, estamos cada vez mais confiantes. Pessoalmente – julgo que a equipa também estará – estou cada vez mais confiante que vamos conseguir o nosso objetivo, que isso é que conta, estar na fase final do EuroBasket 2025».
«Reforçando o que disse no início, se calhar, há quatro dias, pouca gente pensava que pudéssemos ganhar à Eslovénia, provavelmente até competir com eles, mas o que é um facto é que vencemos o primeiro encontro. Provavelmente muitos continuaram a pensar que era só um jogo, mas hoje provamos que, efetivamente, temos basquete para competir a este nível».
«Quanto ao resto, há que saber ganhar os jogos e desta vez não soubemos fazê-lo», concluiu.
Igualmente na conferência de imprensa final esteve o capitão Miguel Queiroz.
«Este resultado tem um sabor agridoce porque podíamos ter ganho e isso pesa. Perder assim pesa, custa um bocado. Mas lutámos até ao fim. O grupo deu a cara à luta, sentimos que tivemos o encontro controlado mas, infelizmente, nos últimos dois/três minutos o jogo descontrolou-se, o que permitiu à Eslovénia regressar ao marcador».
«No anterior encontro, em casa, soubemos ganhar. Neste foi o contrário, não soubemos fazê-lo. É uma pena, mas estou muito orgulhoso dos meus colegas porque nunca viraram a cara à luta, nunca faltou atitude - vê-se pelos ressaltos, ganhámos mais -, partilhámos bem a bola, 18 assistências…»
«Só é um sabor agridoce porque custa mesmo sair daqui sem a tão desejada vitória», reforçou o extremo/poste.