Marine Le Pen foi, esta segunda-feira, condenada a quatro anos de prisão por desvio de fundos públicos. Dois anos são de pena suspensa e dois de prisão domiciliária sujeita a uso de pulseira eletrónica, somando-se uma multa de cem mil euros.

Esta condenação confere–lhe automaticamente uma pena de inelegibilidade para cargos públicos, ficando assim impedida de se candidatar às presidenciais francesas previstas, para 2027, pelo partido Rassemblement Nacional (RN), que lidera em cooperação com Jordan Bardella.

Risco de «grande perturbação da ordem pública» pesou na decisão sobre a proibição imediata, diz o tribunal, através da juíza presidente Bénédicte de Perthuis: «O tribunal tomou em consideração, para além do risco de reincidência, a grande perturbação da ordem pública se uma pessoa já condenada... fosse candidata às eleições presidenciais.» 

Le Pen saiu da sala de audiências ainda antes de ouvir a pena, mas depois depois de saber que ficaria impedida de se apresentar a eleições.

Além de Le Pen, oito eurodeputados e 12 assistentes foram considerados culpados pelo mesmo crime. Foram julgados por terem usado dinheiro destinado a pagar a assessores parlamentares da União Europeia (UE) para pagar a assessores do seu partido, um esquema que durou entre 2004 e 2016, em violação dos regulamentos europeus.

Os seus advogados garantiram que vão apresentar recurso.

(atualizado às 13.h57)