
Com a derrota na visita ao líder Tondela no passado fim de semana, o Chaves hipotecou as hipóteses de ainda subir de divisão nesta temporada. Na antevisão ao duelo com a U. Leiria, Marco Alves garantiu que os dois jogos em falta serão enfrentados com a máxima seriedade e aproveitou para fazer um balanço da temporada, sem confirmar se o seu futuro passará por uma continuidade em Chaves.
Expectativas para o jogo: Um jogo difícil contra uma equipa muito boa. Uma formação recheada de excelente valores individuais e que tem feito uma excelente época. Estamos à espera de um jogo difícil, com características diferentes, porque é o primeiro em que nem nós nem a U. Leiria temos aspirações à subida de divisão, mas de certeza que as equipas vão encarar o encontro com máxima seriedade.
Espera um boa casa? Penso que não. O horário do jogo [n.d.r.: em simultâneo com o Sporting-Benfica] faz com que pense que não vá estar muita gente. Os verdadeiros flavienses, os que gostam mesmo do clube penso que vêm cá, mas compreendemos que há um jogo que nunca houve na história do futebol português. Penso que nunca houve um jogo em que as duas equipas pudessem ser campeãs nesse mesmo jogo e compreendo que é um jogo de extrema importância que toda a gente gostaria de ver.
Balanço do campeonato: Um início difícil, tal como outros colegas, que apanharam clubes numa situação igual à do Chaves este ano, que vinha de uma descida de divisão, me avisaram, porque a equipa desce, ficam vários jogadores que não querem jogar na 2.ª Liga, que não estão habituados a jogar na 2.ª Liga e que têm aspirações a continuar as suas carreiras num nível mais alto. As semanas passam e as propostas não chegam ao clube, a situação desses jogadores fica difícil. Uns saem, outros não, mas até fechar o mercado é um trabalho muito diferente dos das restantes equipas. Tivemos também, como é público, muitas lesões nas primeiras jornadas. No 1.º jogo, grande parte dos jogadores que tínhamos no banco, tinham começado a trabalhar nessa semana, não podiam jogar muito tempo e isso resultou na perda de muitos pontos nas primeiras jornadas. Felizmente, conseguimos depois dar a volta, chegar aos lugares cimeiros e fazer aquilo a que nos propusemos sempre, que foi chegar ao campeonato com aspirações à subida de divisão, chegar a esta fase decisiva entre os melhores e conseguimos. Falhámos nos jogos decisivos. Teríamos de ter ganho ao Benfica, ao Alverca, ao Vizela, ao Tondela, vários desses jogos e não conseguimos, perdemos também em Paços e a parte final acabou por não ser tão positiva e não conseguimos concretizar o sonho de todos nós, que era devolver o Chaves ao principal escalão, que é onde o Chaves deve estar sempre e de onde nunca devia ter saído. Deve voltar o mais cedo possível. Não foi um campeonato fantástico, mas positivo porque conseguimos andar sempre nos primeiros lugares.
Futuro passa por Chaves? Não sei. Tenho mais dois jogos, contrato até 30 de junho e depois o futuro a Deus pertence.
O Chaves recebe a U. Leiria este sábado, pelas 18 horas.