O final da conferência de antevisão do Estrela da Amadora ao jogo com o Arouca ficou marcado pela reação de José Faria sobre a sua renovação contratual por duas épocas, sobre a qual A BOLA deu conta, mas que o treinador não considerou prioritário confirmar neste momento.

«Acho que isso não é o mais importante agora. Quero passar uma mensagem bem clara para todos: o Estrela está acima do José Faria e acima da sua administração, apesar de ser uma empresa privada neste momento porque, volto a dizer: para mim, a maior riqueza do clube vão ser sempre os seus adeptos, o património do clube. Acho que as pessoas também têm de olhar para o trabalho que tem sido feito aqui nos últimos anos e acho que tem de haver confiança nas pessoas que ressuscitaram o clube dos mortos», respondeu.

«Não havia nada. Felizmente algumas pessoas juntaram-se e refundaram o clube, as mesmas que, diariamente, estão aqui, que abdicam da sua vida familiar e colocaram a vida aqui, como é o caso do presidente. Nunca vou ser um peso, por assim dizer, sei qual é o projeto e o que o presidente procura e, efetivamente, quando se começou a falar do futuro, já há algumas semanas, existe vontade de ambas as partes, de que as coisas corram bem. Acho que não é o timing sequer para falar», considerou o treinador do Estrela, relativamente ao tema.

José Faria assume essa «vontade» não só sua, como também do Estrela, na sua continuidade, mas aponta, numa primeira fase, à permanência do clube antes de assumir a existência de qualquer acordo.

«Os jogadores já sabem há algum tempo que existe esta vontade. Sou feliz aqui, mudei a minha vida para a Amadora, os meus filhos estudam aqui. Por isso, se depender de mim… não vou a lado nenhum, por muito que possa às vezes aparecer isto ou aquilo, mas neste momento, isso não é interessante. O mais importante é nós atingirmos os nossos objetivos», declarou. E deixou uma mensagem forte para o exterior.

«Infelizmente há mais quem queira mal do que bem. Sei de onde é que essas coisas vêm, com que intuito vêm, quais são os objetivos, o que pretendem. Em relação ao futuro, logo se verá - existe essa vontade», concluiu o técnico, sem negar o cenário de continuidade no cargo.