Depois da chegada de Ruben Amorim ao Manchester United a imprensa inglesa ficou de olhos postos em Viktor Gyökeres e na possibilidade de os red devils juntarem o goleador sueco ao treinador português em Old Trafford. Jake Bidwell, defesa inglês de 31 anos, jogou com Gyökeres no Swansea e no Coventry e analisou, em declarações ao 'Manchester Evening News', a progressão do avançado do Sporting.

"Se me tivessem dito que dentro de três ou quatro anos ele andaria a marcar golos na Liga dos Campeões, teria sido difícil para mim acreditar", explicou Bidwell. "Ele chegou ao Coventry por empréstimo mas depois assinou de forma permanente. E todos disseram no verão seguinte que ele parecia um animal diferente. Tinha andado a trabalhar no ginásio todo o verão, parecia um homem diferente. Ainda era muito jovem, mas a sua confiança cresceu a partir daí."

Bidwell não tem dúvidas que foi a partir desse verão que tudo mudou. "A forma como joga, bem como a sua agressividade, são qualidades que andam de mãos dadas. De repente percebeu o quão rápido e forte é. E, usando a sua confiança, misturou isso com a agressividade, tornando-se imparável."

O defesa recorda que Gyökeres era muito popular no balneário do Coventry e não tem dúvidas que seria uma grande contratação para o Manchester United. "Mesmo que não marque, não é o tipo de jogador que não contribui para o jogo. A forma como joga torna-o numa ameaça constante. Pode aparecer por trás da defesa, segurar a bola, é um pesadelo para os centrais jogar contra ele porque está constantemente em ação."

O antigo companheiro de equipa do sueco mostra-se impressionado com a sua evolução. "Melhorou o seu jogo em todos os aspetos desde que o vi pela primeira vez, mas o que o distingue mais é a agressividade. Nada parece afetá-lo e desenvolveu uma mentalidade à prova de bala. O Sporting é um grande clube em Portugal e obviamente o nível é diferente, mas ele já mostrou que pode jogar num grande clube ou num palco como a Liga dos Campeões."

Por isso, Bidwell acredita que o futuro de Gyökeres só pode ser promissor. "Há sempre um lado desconhecido, mas conhecendo Viktor, acreditava plenamente que ele ia sair-se bem. Quando estava a chegar ao fim o seu período em Coventry, dava para perceber que não havia como não ter sucesso porque a sua crença era demasiado forte. É isso que se precisa num jogador de topo."