
Os Enhanced Games (que podem ser entendidos como os 'Jogos do Doping', por não terem testes anti-doping) contrataram a sua primeira atleta feminina, a nadadora campeã do mundo Megan Romano.
O empreendimento desportivo de estilo olímpico que, no próximo ano, realizará um evento sem testes de drogas, contratou a nadadora campeã mundial Megan Romano como a sua primeira mulher e primeira atleta americana na quinta-feira.
Os Enhanced Games serão lançados em maio próximo em Las Vegas, com competições de natação, atletismo e halterofilismo, num evento que permitirá aos atletas utilizarem potenciadores de desempenho.
Romano considera que competir no evento é "uma oportunidade de ultrapassar os limites do desempenho humano num ambiente transparente e cientificamente apoiado, e de competir num palco onde as atletas femininas são valorizadas e compensadas de forma justa. Acredito que este é o futuro do desporto".
Os Enhanced Games oferecerão um prémio de 500 000 dólares para cada evento, com um bónus de 1 milhão de dólares para quem bater um recorde mundial nos 100 metros (pista, atletismo) e nos 50 metros livres (natação).
Essas marcas não seriam consideradas "oficiais", porque os recordes mundiais têm de ser ratificados pelas federações internacionais, que exigem que os recordistas passem por testes de doping.
O Comité Olímpico Internacional condenou o conceito dos Jogos do Doping, afirmando que "se querem destruir qualquer conceito de fair play e de competição justa no desporto, esta seria uma boa forma de o fazer".
Mas os jogos ganharam algum ímpeto e angariaram dinheiro na ordem dos "milhões com dois dígitos", segundo o fundador Aron D'Souza.
Quatro nadadores masculinos, incluindo o medalhado olímpico James Magnussen, da Austrália, comprometeram-se a participar nos Jogos.
Romano, um dos melhores nadadores da Geórgia na faculdade, foi o pivô da equipa americana de estafetas de 4x100 livres que conquistou a medalha de ouro nos campeonatos mundiais de 2013.
AUTOR: EDDIE PELLS, AP