
O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, organismo liderado por Joaquim Evangelista, subscreveu a posição da FIFPro, cujo líder deixou duras críticas a Gianni Infantino e à FIFA a propósito do Mundial de Clubes. Sergio Marchi acusou a FIFA de querer aumentar os lucros à custa da saúde dos jogadores.
Eis o comunicado:
O Sindicato dos Jogadores, membro da FIFPRO, subscreve a posição veiculada pelo presidente do organismo, Sergio Marchi, a propósito do Mundial de Clubes da FIFA.
O presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, que integra o Board mundial da organização, lamenta que o presidente da FIFA, Gianni Infantino, tenha permitido o extremar de posições, tendo tido a oportunidade para dialogar com os legítimos representantes dos jogadores:
"O futebol mundial enfrenta desequilíbrios cada vez maiores, fruto de um calendário congestionado, que compromete a melhor performance, saúde e bem-estar dos jogadores de elite, além de colocar problemas ao exercício de direitos fundamentais como o gozo integral das férias. Os jogadores não são máquinas.
Esta competição que representou um esforço físico e psicológico adicional para muitos jogadores já sobrecarregados, em fim de época, foi jogada com condições climatéricas severas, colocando em causa a integridade física dos atletas.
A total ausência de diálogo com a FIFPRO e tomada de posições unilaterais, sem promover a concertação social, abusando de uma posição dominante, já tinha merecido a reprovação do Tribunal de Justiça da União Europeia, na decisão do "caso Diarra".
Quer a organização do Mundial de Clubes quer o tratamento das questões fundamentais que marcam a atualidade dos futebolistas e, ainda, a tentativa de instrumentalizar alguns Sindicatos para ações de mera cosmética, legitimam da parte da FIFPRO e dos mais de 65.000 jogadores que a organização representa, quaisquer medidas legais que venham a ser tomadas, para a defesa dos princípios que se entendem como inegociáveis."