Em vésperas de defrontar o Vitória de Guimarães, adversário direto e próximo na tabela classificativa, o Casa Pia mostra-se ambicioso e o seu treinador, João Pereira, não pretende viajar ao Minho para defender o atual sexto lugar mas sim, salienta, «atacar o quinto», destacando a capacidade de alguns dos elementos aos quais recentemente concedeu oportunidades como Henrique Pereira, que «agarrou a oportunidade» ou Miguel Sousa, que «terá todo o espaço do Mundo».
Em Pina Manique reside um técnico confiante nas suas potencialidades e que é apenas um de três treinadores – entre os 18 clubes que compõem a Liga – que se mantêm em funções desde o início da temporada.
Confrontado com a situação, o líder dos gansos ressalvou que nem todas as mudanças se deveram a despedimentos mas também a outras propostas de trabalho, considerando que, em qualquer dos casos, o treinador, tal como qualquer jogador, necessita de «tempo».
«É um pau de dois bicos, não é? Há as mudanças, como também a valorização. Acho que se rumarmos todos no caminho da consistência, será mais benéfico para a promoção do talento, por assim dizer. O talento são, neste caso, os treinadores, mas também podemos estar a falar de jogadores, todos os treinadores precisam de tempo para trabalharem nessa confiança», opinou o treinador do Casa Pia, que deu como exemplo vários dos seus atletas, o treinador do Vitória, Luís Freire ou… o seu próprio caso.
«Acreditamos no que são as decisões das direções em relação aos treinadores, mas o talento dos treinadores portugueses é algo que já não deixa dúvidas. Há talento pelo mundo fora, que tem dado cartas e comprovado isso mesmo. Depois, é natural que na era em que vivemos hoje, que é uma era moderna, em que o scouting trabalha muito bem, a formação está ao alcance de todos e portanto há um alcance grande no acompanhamento e monitorização de determinados trabalhos e é normal que os treinadores sejam contactados», analisou ainda.