
João Noronha Lopes deixou críticas à posição de Rui Costa, devido à utilização dos meios de comunicação do Benfica.
João Noronha Lopes mostrou o seu descontentamento face à postura de Rui Costa em relação ao Benfica District. O candidato às eleições do Benfica indicou que o dirigente não deveria utilizar os meios de comunicação do clube para responder às críticas dos adversários.
Recordar que o Benfica emitiu um comunicado a criticar a postura de João Noronha Lopes. Eis o comunicado:
«O comunicado publicado ontem no site oficial do Sport Lisboa e Benfica é uma utilização vergonhosa dos meios oficiais de comunicação ao dispor do Benfica para a defesa do candidato Rui Costa. Talvez o atual Presidente não entenda, por isso esclareço: o Sport Lisboa e Benfica não é uma ferramenta de auto-promoção de Rui Costa. É também um dos comunicados mais rápidos que vi ao longo dos 4 anos desta Direção. Não surpreende. A comunicação do Benfica sempre foi mais rápida a sair em defesa da Direção do que em defesa do Benfica. O melhor exemplo é, infelizmente, de memória recente: há poucos meses, esta Direção conseguiu a proeza de esperar semanas até que os troféus da Liga e da Taça de Portugal fossem entregues para que alguém, tarde demais, saísse em defesa legítima do Benfica. Desta vez, não hesitaram em defender uma ação de campanha eleitoral paga com dinheiro do Clube. A apresentação do Benfica District foi uma manobra criada à pressa porque os tempos da campanha eleitoral de Rui Costa assim o exigiam. Deixa quase tudo por esclarecer. Assim se explica que a principal entidade competente, pela voz do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, tenha definido o Benfica District como “uma vaga noção de um conceito que um dia poderá ser um projeto”, confirmando-se que nenhum projeto deu entrada no departamento de Urbanismo. As dúvidas persistem: Que garantias reais tem o Benfica de que uma obra com a envergadura sugerida se realizará por 220 milhões de euros? Que sociedade será responsável por gerir esta operação? Qual a real viabilidade financeira do Benfica District? Que contrapartidas terá o Benfica de oferecer para garantir a viabilidade daquilo que foi apresentado? Que garantias reais existem de que este conceito possa, depois de transformado num projeto credível, ser licenciado pela Câmara Municipal de Lisboa? Que definições técnicas concretas tem aquilo que foi apresentado? Qual a viabilidade da superfície comercial mencionada como parte do projeto, sabendo que se encontra exatamente ao lado da maior superfície comercial do país? Que custos já foram assumidos pelo Benfica no trabalho realizado até aqui? Como se compreende que Jaime Antunes, Vice-Presidente para a área do património até janeiro deste ano, tenha afirmado desconhecer por completo a existência de um projeto que, segundo Rui Costa, é desenvolvido há 18 meses? Em 2001, como em 2025, defendi sempre o mesmo: que se tomassem decisões informadas na defesa do superior interesse do Sport Lisboa e Benfica. Em 2025, como em 2001, não hesito em questionar, procurar esclarecer e defender sempre os interesses do Benfica e dos sócios. Não é a propaganda eleitoral que irá mudar os factos. E não há comunicado, por muito rápido que seja, capaz de distorcer esta realidade. O Benfica merece muito mais».