
Chelsea e Benfica continuam a negociar a transferência de João Félix, ambos com urgência, embora por motivos diferentes. Os londrinos precisam vender o avançado, para lá de outros excedentários, para cumprir as regras de sustentabilidade financeira da Premier League (PSR) e os encarnados de comprar para reforçar o ataque. Houve, nos últimos dias, aproximação entre as partes, embora ainda haja caminho a fazer.
Como A BOLA deu conta, o Chelsea avalia o passe de João Félix em €54 milhões, justamente o valor que investiu há um ano para contratar o internacional português ao Atlético Madrid. E sabe que o Benfica está disposto a pagar €27 milhões pelo passe. Neste termos, com esforço financeiro das águias, o negócio estaria fechado. Mas o clube do oeste da capital inglesa quer recuperar, no futuro, o que gastou, ou seja, quer que o Benfica assumisse o compromisso de gastar mais, nos anos seguintes, pela restante percentagem do passe. Isso já os encarnados não querem.
O Chelsea já cedeu na exigência de que fossem saldados os restantes €27 milhões. Considera que pode respeitar as PSR com €27 milhões por metade do passe, mais €13 milhões por percentagem a definir — isso implicaria que o Benfica teria de avançar com €40 milhões pelo avançado de 25 anos. Impraticável para os encarnados, mesmo que com prestações em vários anos. Os londrinos foram informados de que isso não acontecerá.
O Chelsea não quer facilitar, mas sabe que o Benfica é a única opção viável para negociar a transferência, daí que tanto clubes como avançado acreditem que se encontrará uma fórmula para selar o acordo.
Rui Costa entrou em cena para desatar o nó e confia que poderá resolver o assunto, preferencialmente, na perspetiva d Benfica e João Félix, nos próximos dias e a tempo da Eusébio Cup, agendada para sábado, às 20 horas, com o Fenerbahçe de José Mourinho. Esse seria o cenário ideal das águias para integrar depressa o avançado no plantel e para Bruno Lage poder utilizá-lo na Supertaça.