A notícia da morte de Diogo Jota e do seu irmão, André Silva, deixou o balneário do Nacional muito abalado, minutos antes de começar uma nova temporada. João Aurélio foi o porta voz do grupo deixando uma mensagem para a família: "Quero deixar uma palavra de apreço e as mais sinceras condolências minha e do Nacional, para a família do Diogo e do André, uma perda muito grande para nós, dois grandes profissionais e o futebol português está de luto".

Depois, o capitão alvinegro traçou a meta para a época que agora está a arrancar: "O objetivo passa pelo mesmo que traçamos na época anterior, simplesmente, garantir a manutenção o mais rápido possível, e pouco a pouco, se conseguirmos algo mais, melhor".

O lateral vai para a sua 12.ª temporada no onze da Choupana e recorda com um brilho nos olhos a sua chegada. "Já lá vão alguns anos, tenho algumas ideias dessa primeira época, mas não me recordo de tudo, mas sei que foi uma grande temporada, pois o Nacional tinha uma grande história e conseguimos lugares europeus", disse. Para o defesa, "foi fácil o entendimento para continuar, embora se tenha falado muita coisa. Eu, o presidente e toda a administração, dão-nos muito bem e senti logo da parte deles e da equipa técnica, muita confiança para eu continuar e por isso o entendimento foi muito fácil".

A ligação que tem ao clube, desde adeptos aos dirigentes, aos seus 36 anos deixa João Aurélio com uma certeza: "Faço votos para que a minha carreira termine no Nacional. Foi onde comecei como profissional de futebol e espero acabar aqui, pois foi um clube que me acolheu muito bem e estou muito grato".

Com um grupo de trabalho que vai integrar vários reforços, o capitão é pedra importante no balneário nacionalista. "Já estou habituado a receber os novos jogadores, tentando acarinhá-los logo da melhor maneira possível, para se sentirem confortáveis e em casa, adaptando-se à ilha e ao clube, passando-lhes o nosso ADN, que é o mais importante, para que possam mostrar a suas qualidades dentro de campo e nos possam ajudar pois é tudo o que queremos", revelou. Sobre os novos companheiros, teceu elogios: "Temos muita gente nova e muito jovens também, mas já deu para ver no primeiro treino que vem com vontade de singrar e nos ajudar muito. Acho que tem de trabalhar bem e nós os mais antigos estamos aqui  para os adaptar da melhor maneira, para que possam tirar o melhor proveito das suas qualidades".

Margarido é uma vantagem

Tiago Margarido vai continuar à frente da equipa como treinador. O lateral direito considera ser um factor muito importante: "Claramente que é uma vantagem, pois é o treinador que já conhece a casa, que tem provas dadas do clube, o presidente e os adeptos estão muito satisfeitos com o Tiago Margarido e eu como capitão, também estou muito feliz pelo que fez pelo Nacional. Agora dará continuidade ao seu trabalho, porque sabe fazê-lo na perfeição".

Sobre um possível adversário para a primeira jornada, o capitão não mostrou preferências: "Não importa com quem vamos jogar na primeira jornada. É irrelevante, pois o que queremos, é começar bem. Claro que quero começar a ganhar, seja com que adversário for e depois dar seguimento com outras vitórias". E quanto ao facto de esse pontapé inaugural ser no Estádio da Madeira: "Jogar em casa também pode ser um factor importante, mas teremos de começar com um triunfo, pois não faz sentido começar a jogar frente aos nossos adeptos com uma derrota. Queremos começar com um triunfo para dar moral e atingir o mais rápido possível a manutenção".

Por desvendar ficou a possível mensagem que Tiago Margarido irá passar aos seus pupilos em termos de meta para este ano desportivo. "O treinador como sempre irá fazer as reuniões individuais com os jogadores, ainda não fez, mas certamente irá fazer e traçar objetivos todos juntos como anteriormente. Ainda não temos a tal carta de motivação, mas o treinador deve ter isso na sua mente e irá por certo fazê-la. Mas mais motivação que isso, é entrar no relvado e querer ganhar jogos e meter o Nacional onde merece", finalizou .