
O trajeto até uma final europeia é, por norma, sinuoso e pautado por muitas dificuldades. De situações de aperto a reviravoltas épicas, os obstáculos que os clubes que chegam ao jogo de todas as decisões têm de ultrapassar costumam ser consideráveis.
Ainda assim, a utilização de expressões como «por norma» e «costumam» não é inocente, caro leitor. Apontado o foco ao Inter de Milão, equipa que garantiu a passagem à final da presente edição da Liga dos Campeões nesta terça-feira, percebemos que os períodos de inferioridade em relação aos adversários foram realmente escassos.
Se dúvidas houver em relação à premissa supramencionada, os números ajudam a comprová-la.
Nos 14 jogos disputados até ao momento, os nerazzurri somaram apenas uma derrota. No entanto, mais do que isso, estiveram em desvantagem no marcador apenas durante 16 (!) minutos. Se se tiver em conta que o Inter já leva cerca de 1.300 minutos em campo nesta edição da prova milionária, o feito grande uma dimensão ainda maior.
Para além dos seis minutos em que esteve em desvantagem frente ao Barcelona no jogo da segunda mão das meias-finais- Acerbi empatou aos 90'+3 depois de Raphinha ter feito o 3-2 aos 87'-, a equipa de Inzaghi só se viu a perder em mais duas ocasiões.
Na segunda mãos dos quartos-de-final, Lautaro Martínez fez o empate aos 58' depois de Harry Kane ter colocado o Bayern München em vantagem aos 52'. Ou seja, acrescentam-se mais seis minutos à equação.
Por fim, no jornada 6 da fase de liga, o Inter sofreu um tento do Bayer Leverkusen aos 90 minutos, isto numa partida que teve quatro minutos de compensação. Dá-se assim o caso de os italianos terem estado mais quatro minutos em desvantagem, num total de 16 minutos.
Com este resultado, o Inter de Milão chega à sua sétima final da Liga dos Campeões e iguala o Benfica no número de jogos decisivos da prova disputados. A formação milanesa contabiliza três triunfos na competição: 1964, 1965 e 2010.
Repetir-se-á o cenário em 2025?