Depois de uma fase difícil em termos de resultados, o Famalicão conseguiu inverter o momento e passar a uma sequência de três jogos sem perder. Os minhotos vivem um período de retoma e, segundo Hugo Oliveira, isso deve-se essencialmente ao espírito de união que se vive dentro do plantel e do clube. Na antevisão ao encontro com o Gil Vicente, o técnico apontou esta como a receita essencial para um futuro de sucesso.

Antevisão ao jogo com o Gil Vicente: "Jogo dificil, adversário com uma dinâmica interessante, cria situações com jogadores individualmente fortes, vão no 1 para 1. Estamos preparados para isso, queremos lutar pelos 3 pontos como em todos os jogos e levar de vencida o Gil Vicente."

Ausência de Mihaj: "Trabalhámos sempre de forma coletiva, em que desenvolvemos o todo e individualmente. Mihaj é importante, tem sido um dos esteios do nosso processo, compreende o que queremos, mas as alternativas são jogadores com qualidade, têm vindo a ajudar a desenvolver. Será um bom jogo de quem substituir o Enea. Vamos lançar mais um jovem jogador na titularidade, é mais um ponto que tem vindo a acontecer neste processo. É um clube a olhar para o futuro e para o desenvolvimento de jogadores. Vamos, do ponto de vista coletivo, dar uma resposta.

Confiança dos resultados: "Quando ganhámos pontos, ganhámos confiança. Olhamos sempre para os três pontos, mas no último só ganhámos um. Foi um adversário que criou dificuldades, mas olhamos sempre para os três pontos. Vimos com pontos nos últimos três jogos, mas queríamos ter ganho os dois que empatámos. A confiança vem do trabalho e a solidez vem daí. Quando se acredita no que se está a fazer no dia-a-dia, a confiança tem de estar patente. E por isso é que os resultados começam a aparecer."

Dinâmica ofensiva do Gil Vicente: "Antes de olharmos para os outros temos de olhar para nós e para o nosso processo defensivo. Jogamos com jogadores diferentes, com características diferentes. Olhamos muito para nós numa forma zonal de defender, que tem princípios fortes. Seja A ou B a jogar, terá de cumprir com esses princípios. Uma coisa é jogar com um jogador experiente, outra é lançar um jovem jogador, mas será um jovem com qualidade. Para fazer parte deste plantel é preciso ter qualidade. Sabemos o que temos dentro de casa e temos a certeza que vão dar boa resposta. É um grupo que tem desenvolvido um sentimento coletivo grande. Viaja junto. É uma característica que faz parte da minha personlaidade, agregadora. Gostava que se tornasse um sentimento externo, com todos os que fazem parte deste Famalicão trabalhador. Com staff, adeptos. Características que vão ao encontro das gentes de Famalicão. Como equipa temos sido assim. Em alguns momentos não conseguimos  os resultados que queremos, mas continuamos a trabalhar e a desenvolver. É assim que temos vindo a trabalhar. Temos vindo a lançar jovens, como o Mathias, o Rodrigo que renovou, com jogadores de sub-23 e sub-19 a estarem connosco. É um clube que junto tem que caminhar com esse sentimento de união e futuro. Essas batalhas diárias serão reflexo disso mesmo."

União: "É um bastião da forma de estar desta equipa e deste clube. Terá de ser ainda mais no futuro. A união e este sentimento de viajar junto será a força maior em momentos de facilidade e dificuldade. Queríamos ter ganho mais jogos, ter melhores resultados, mas os resultados que temos tido melhorados vêm daí. O desenvolvimento individual e coletivo vem dessa ajuda mútua. É isso que se cheira dentro dos corredores da academia. Esse é o passo que temos de continuar a dar para que o clube seja constante, mas com olhos sempre no futuro. Um clube que olha para fora e para dentro, que sabe que na dificuldade estaremos lá uns para os outros. Da equipa, do staff, dos adeptos. Esta semana tivemos um jogo difícil, foi importante a participação dos adeptos, numa semana que tinham lançado uma música que junta figuras importantes dos nossos adeptos, pessoas que sofrem com a claque, casais, crianças. Eles são também extremamente importante para esta ideia de viajar juntos, de estarmos unidos e a lutarmos todos pelo futuro."

Dificuldades ofensivas: "Em todos os processos e em todas as equipas, quando o processo é feito com princípios trabalhados, a parte ofensiva é sempre mais difícil. Mesmo na vida é mais difícil criar do que impedir. Obviamente que defender bem é uma arte, temos feito cada vez melhor por estarmos mais juntos e sabermos o que fazer. Ofensivamente, temos de pensar os momentos de jogo e ter criatividade para encontrar espaços. Aí tem de vir a qualidade do jogador, a confiança e as dinâmicas ofensivas. É preciso mais tempo para juntar os pontos. Temos feito coisas melhores, mas queremos dar passos muito maiores para o futuro."