
O Ministério Público de Nanterre, nos subúrbios de Paris, solicitou esta sexta-feira que Achraf Hakimi, lateral internacional marroquino do PSG, seja indiciado perante o Tribunal Criminal de Hauts-de-Seine, na mesma localidade, por violação. A informação foi hoje avançada pelo jornal francês 'Le Parisien', que revelou novos detalhes sobre o polémico caso que remonta a fevereiro de 2023 e no qual o futebolista está envolvido.
De acordo com esta publicação, o lateral-direito do PSG está agora nas mãos do juiz de instrução, a quem cabe agora confirmar ou rejeitar os termos da acusação final do Ministério Público, assinada hoje. Caso seja julgado culpado, Hakimi poderá arriscar uma pena de 15 anos de prisão.
Os detalhes do caso
Achraf Hakimi foi denunciado por violação em fevereiro de 2023. Em causa está uma denuncia feita por uma jovem de 24 anos, que confidenciou ter conhecido o futebolista na sequência de uma troca de mensagens privadas na rede social Instagram.
Ao que tudo indica, os dois conversaram durante cerca de um mês antes de se conhecerem pessoalmente. Numa sexta-feira à noite, a jovem ter-se-á deslocado até à casa do lateral marroquino, em Boulougne-Billancourt (Hauts-de-Seine) para um primeiro encontro. A viagem terá sido feita a bordo de um Uber, alegadamente pago pelo próprio futebolista.
Segundo o depoimento da alegada vítima, Hakimi beijou-a na boca e nos seios através da roupa, sem consentimento. Apesar dos protestos, o jogador terá apalpado a jovem e tê-la-á forçado a ter relações sexuais. Em choque, a alegada vítima terá enviado uma mensagem a uma amiga, pedindo-lhe que fosse buscá-la à casa do jogador. Nesse mesmo dia, a jovem denunciou a violação, mas não apresentou queixa formal. No mês seguinte, a 3 de março de 2023, Hakimi foi acusado de violação por um juiz de instrução e colocado sob supervisão judicial, já depois de ter sido detido e o Ministério Público ter dado início a uma investigação.
Até ao momento, o futebolista do PSG negou todas as acusações.