Num dos jogos mais fantásticos dos últimos anos, o Inter conquistou importante empate 3-3 no Olímpico de Montjuic, sabendo aproveitar os erros de um Barcelona mágico no ataque e desastrado na defesa. Depois de jogo de loucos, difícil será adivinhar quem marcará lugar na final da UEFA Champions League, que se realizará em Munique a 31 de maio. 

Início de jogo terrível para o Barcelona. Bola para a esquerda, Dumfries não consegue marcar, mas um mau alívio de Koundé devolve-lhe a bola. Depois o cruzamento para a área e golo magistral de Marcus Thuram, de calcanhar.

O Barcelona mostrava velhas debilidades defensivas e cedo se via em desvantagem. A reação foi imediata, Lamine Yamal apareceu na partida, mas sabe-se que o Inter é dos mais sólidos conjuntos defensivamente do futebol europeu e assim a equipa italiana foi resistindo.

O Inter voltou a ameaçar, mas Szcesny afastou. Resposta pronta de Ferrán Torres, mas a bola saiu ao lado. Intensidade máxima num jogo em que o Barcelona tinha mais bola, mas a formação italiana não deixava de ameaçar. 

Sem Robert Lewandowski, o ataque do Barcelona foi entregue a Ferran Torres e era o jovem avançado a ter as finalizações mais perigosas para a baliza de Sommer.

Mas os erros defensivos do Barcelona nunca deixaram de ser um problema e na marcação de um canto nasceu o segundo golo para o Inter. Depois de assistir, Dumfries marcou e tornava a vida dos catalães bem mais complicada.

Difícil até Lamine Yamal ter espaço para fazer magia. Jogo de loucos e golo do menino de 17 anos a relançar o jogo e a meia-final da Champions.

 No jogo 100 com a camisola do Barcelona foi o mesmo de sempre a levar a equipa às costas e pouco depois de marcar só não marcou o segundo porque é estrondosa a defesa de Sommer para a barra. Só com dois golos de desvantagem o Barcelona conseguiu romper a muralha defensiva do Inter.

 O jogo mudou, o Barcelona tornava-se cada vez mais sufocante e poucas vezes o Inter conseguia sair para o ataque. Até que aos 38 minutos lance perfeito a dar o empate: Pedri coloca na cabeça de Raphinha, que mete a bola no espaço e Ferran Torres surge embalado para empatar.

 Jogo de loucos, com um Barcelona irresistível no processo ofensivo, mas a voltar a cometer erros que se iam revelando fatais. De qualquer forma, a segunda parte prometia muito.

Aos 50 minutos, Dimarco quase marcava o terceiro para o Inter, mas o remate de pé direito saiu muito por cima. Que grande jogo de futebol, não havia meio de o ritmo abrandar.

 Geniais, mas humanos. Com o passar dos minutos na segunda parte a intensidade baixou finalmente. O Barcelona continuava a ter mais posse e a procurar jogar no meio-campo contrário, mas agora com um futebol mais pausado. Mais pensado. O Inter sempre à procura de uma transição rápida que pudesse resultar.

 Mas foi num canto, em mais um erro defensivo, que os italianos voltaram a marcar, novamente por Dumfries. O Barcelona tinha de acordar de novo para evitar a derrota.

Despertou cedo. Praticamente na resposta, remate imparável de Raphinha, com a bola a bater na barra, nas costas de Sommer e a entrar. Jogo de novo empatado. A loucura continuava.

 Mikhtaryan ainda marcou o quarto para os italianos (76’), mas respirou-se de alívio no Estádio Olímpico de Montjuic quando o árbitro assinalou fora de jogo. Até ao final, poderia ter marcado o Barcelona (Lamine Yamal rematou à barra aos 88’). Poderia ter levado os três pontos o Inter. Mas acabou empatado e ninguém se atreverá a dizer quem vai à final...

Lamine Yamal é o jogador mais novo a marcar numa meia-final, com 17 anos e 291 dias. Mbappé conseguiu com 18 anos e 140 dias, em 2017, ainda no Mónaco frente à Juventus. E é, sobretudo, um candidato cada vez mais forte a ser Bola de Ouro já no final do ano.