No final da partida que culminou na derrota do Estrela da Amadora diante do Benfica no Estádio da Luz (1-0), Filipe Martins era um treinador conformado com a derrota da sua equipa, tendo enaltecido as lacunas que levaram ao desaire da sua equipa.

O jogo do Estrela: «A nossa equipa ainda está muito focada no processo de crescimento. É totalmente nova, chegaram jogadores a conta-gotas, vários jogadores atrasados ao nível da preparação. Isso notou-se hoje a espaços principalmente a entrar no ritmo de jogo. Daí uma primeira parte muito pouco conseguida da nossa equipa... Ao intervalo acertámos algumas coisas. Acima de tudo, conseguimos tirar a bola da zona de pressão mais rapidamente e com mais qualidade e, acima de tudo, quisemos jogar.

Na primeira parte optámos por sair de forma mais direta e não era essa a nossa estratégia, entrada forte do Benfica também nos fez optar por essa solução, mas ao intervalo foi o que lhes disse: para discutir o jogo precisavam de coragem para ter a bola. Foi isso que fizemos na segunda parte e, a partir daí, equilibrámos o jogo. No entanto, é uma vitória que assenta bem ao Benfica pela globalidade do jogo e pelo facto de apesar de termos saído muito mais vezes na segunda parte, faltou-nos o último terço. Resta trabalhar, porque com o tempo a equipa vai chegar ao seu real valor.»

Calendário difícil: «Tinha a noção de ter um campeonato muito complicado pela frente. Não há campeonatos fáceis, mas acima de tudo sabia que a equipa vai demorar um bocadinho mais de tempo porque foi a equipa que mexeu mais na Liga [mais entradas e saídas], ainda para mais com a situação dos vistos, jogadores ainda não preparados para jogar de início e outros mais minutos. Não estou nada preocupado em relação à minha ideia do que vai ser o Estrela da Amadora.

Sabemos que estamos a trilhar o caminho do zero e posso dar essa palavra também aos nossos adeptos que nos acompanharam mais uma vez: queríamos mais pontos, mas não tivemos um campeonato nada fácil. Fomos a Braga, recebemos o Famalicão, viemos ao Estádio da Luz, ou seja, não é o calendário ideal para uma equipa que está a começar de novo.»