O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) destacou a importância do programa 'Impulso' na vida de 51 jovens atletas, que esta quarta-feira receberam uma bolsa para consolidarem a "atividade desportiva com a formação" académica a pensar no pós-carreira.

A 12.ª edição do programa 'Impulso' dos Jogos Santa Casa, que atribuiu 51 bolsas de educação a atletas em preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Los Angeles2028 e para os Jogos Surdolímpicos2025, juntou os dois comités na sala de extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

"É consolidar um aspeto muito importante na sua atividade desportiva com a sua formação, tendo em linha de conta o pós-carreira. Esta é a prova evidente de que todos os que beneficiaram ao longo desses anos puderam consolidar, de alguma forma, mais harmoniosa o completar dos seus estudos", salientou Fernando Gomes, durante a cerimónia, na qual foram distribuídos apoios a 41 atletas olímpicos, nove paralímpicos e um surdolímpicos, de 16 modalidades diferentes.

Eleito presidente do COP em 19 de março, Fernando Gomes contou que acompanhou a "aposta contínua de um parceiro ativo e importante no desporto e junto das federações".

"Nós não estávamos cá, mas tivemos oportunidade de ir acompanhando. Pela aposta contínua de ser um parceiro ativo e importante no desporto e junto das federações, esta é a forma mais facilitada de cumprirem o seu trajeto académico. Temos o interesse de incentivar, estão a chegar sistematicamente atletas ao programa olímpico", expressou.

Por sua vez, o homólogo do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), José Manuel Lourenço, lembrou que "há um grande caminho a percorrer no que diz respeito à inclusão" e fez o apelo para que pessoas com deficiência pratiquem desporto e ganhem qualidade de vida.

"Há atletas que dificilmente vão chegar ao ensino superior, mas não devem ser dispensados de preparar o seu futuro. É um apoio muito significativo. É incentivar a prática de pessoas com deficiência, que devem ter como objetivo a prática desportiva, fazer exercício físico e ganhar qualidade de vida para eles e as suas famílias. Acredito que o programa 'Impulso' é mesmo um programa que faz a diferença. Se não for pelo valor, segura o atleta. O sucesso académico acompanha o desportivo. Mais 90% dos atletas têm sucesso académico, digo de excelência", argumentou.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Paulo Sousa, destacou o 12.ª ano consecutivo a distribuir bolsas e o "compromisso sólido com futuro dos atletas".

"É um dia especial para todos os que acreditam que a educação e desporto são ferramentas de crescimento. Vocês [atletas] são o exemplo para a nossa sociedade e demonstram que um atleta de alta competição pode ter sucesso académico", apontou.

Para Paulo Sousa, o programa 'Impulso' Bolsas de Educação Jogos Santa Casa é "um motor de coesão e integração social", que passa por "conceber o mérito de quem se destaca desportivamente e academicamente".

"Estás bolsas são mais do que uma ajuda financeira. São o reconhecimento do talento e um incentivo para os vossos sonhos. Continuem a contar connosco. Mesmo em situações difíceis temos de tomar as opções certas e está é a opção certa", garantiu.

Por fim, foi expressado pelo secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, o desejo que este incentivo "continue a ser uma fonte de inspiração para todos", de forma a evitar o "afastamento ou a desistência da carreira académica".

"Estas bolsas são um contributo extraordinário. Este programa permite que os atletas iniciem ou continuem as suas carreiras, evitando o afastamento ou a desistência da carreira académica. É uma oportunidade única para que jovens promessas possam alcançar os seus sonhos. Que continue a ser um fonte de inspiração para todos e, dentro das possibilidades, reforçar este programa. Juntos, podemos contribuir para um futuro mais justo e inclusivo", reforçou.

Desde a primeira edição, em 2013, já foram atribuídas 521 bolsas a 256 atletas, de 28 modalidades, num valor superior a 1,4 milhões de euros (ME).