O FC Porto venceu o Benfica por 3-2 na meia-final que mais emoção prometia nesta final four da Liga dos Campeões de hóquei em patins que se está a realizar em Matosinhos. E, na verdade, além de emoção, houve muita transpiração e alguma inspiração.

Depois do tempo regulamentar, tudo empatado entre os dois eternos rivais que tão bem se conhecem e foi preciso o prolongamento para decidir o vencedor encontrado após o golo de Carlo di Benedetto quando faltavam dois minutos para o final do jogo que acabou com a festa portista.

Ao contrário do início do jogo em que foram precisamente os encarnados a marcar primeiro por Roberto di Benedetto que saltou do banco para inaugurar o marcador aos 11 minutos.

O FC Porto demorou cinco minutos para responder (1-1), através de Ezequiel Mena, que ainda viu o golo ser analisado pelo VAR antes de ser validado.

Durante os primeiros 25 minutos, o Benfica esteve mais perto da baliza dos azuis e brancos, mas Málian mostrou-se quase sempre atento. Pedro Henriques com uma primeira parte mais tranquila, muito por culpa da defesa subida dos encarnados que ofereceram poucas oportunidades aos dragões para se aproximarem com perigo.

O resultado ao intervalo (1-1) premiava sobretudo a atitude defensiva dos dois rivais.

A segunda parte começou com mais intensidade, com as equipas cientes de que o tempo começava a esgotar-se e era preciso um golo para desfazer a igualdade, por isso os jogadores começaram também a arriscar mais e a sair mais do meio campo.

Com 17 minutos para o fim do encontro, e depois de um aviso de contra-ataque que deixou Pedro Henriques irritado, Rafa conseguiu marcar para o FC Porto e colocou os dragões em vantagem (1-2).

O Benfica aumentou de imediato a pressão, quer por Nil Roca, quer João Rodrigues ou di Benedetto, mas Málian, o guarda-redes portista aguenta firme a maior pressão dos encarnados.

Com 12 minutos para jogar, Zé Miranda arranca uma grande penalidade que João Rodrigues desperdiça com um remate ao lado da baliza do FC Porto.

Não tardou, porém, a que a insistência do Benfica rende-se frutos, com Zé Miranda a encontrar uma forma discreta de surpreender Málian e a colocar novamente o resultado empatado (2-2).

Na bancada, o presidente do FC Porto, André Villas-Boas assiste às tentativas dos dois lados de chegar à final e o tempo a esgotar-se. Rafa endiabrado nesta fase a pressionar bastante, dispõe de excelente oportunidade, frente a Pedro Henriques, mas a igualdade mantém-se.

Com um minuto para o final do jogo, o técnico encarnado Edu Castro pede desconto de tempo.

Nil Roca ainda tenta, mas o empate assenta-lhes bem e o jogo segue para prolongamento.

Com dois minutos jogados, Nil Roca vê cartão azul após falta sobre Rafa mas Carlo di Benedetto não consegue bater Pedro Henriques e, em superioridade numérica, também não consegue aproveitar. O guarda-redes do Benfica travou todos os ímpetos portistas durante o power-play.

Nos últimos cinco minutos, tudo muito calculado e cauteloso, até que Rafa a 2,5 minutos do fim aproveita um erro dos encarnados e assiste de contra-ataque Carlo di Benedetto que não falha frente à baliza encarnada e coloca os dragões em vantagem (3-2).

O Benfica correu atrás do empate, arriscou a jogar sem guarda-redes, mas o tempo esgotou-se e ficou mesmo fora da final da Champions.