
Francesco Farioli falou pela primeira vez aos jornalistas como treinador do FC Porto, durante cerimónia de apresentação oficial, esta segunda-feira.
Além das declarações do presidente, que falou da sua nova escolha e também de um mercado que pode vir a ser o «maior da história» do clube, vimos o treinador italiano a dar uma imagem inaugural do que serão as suas ideias.
Farioli em discurso direto
Primeira mensagem: «Obrigado presidente pela responsabilidade que me deu. É um privilégio para a minha equipa técnica estar aqui e representar uma instituição tão icónica, seja em Portugal ou no futebol europeu. Temos muito trabalho a fazer e vamos encontrar bastantes desafios. Queremos trazer de volta a mentalidade do FC Porto, que representa uma região.»
«É o sítio certo e a fase certa para dar este passo na minha carreira. Temos muita ambição de devolver o FC Porto ao seu lugar.»
Como avalia a oportunidade de treinar o FC Porto?: «É uma instituição icónica, um clube histórico, com os feitos, por exemplo, conseguidos pelo presidente e José Mourinho. O presidente Villas-Boas foi um dos exemplos de que podemos ser treinadores sem uma carreira como jogador.»
«Estive aqui há três anos a ver um jogo contra o Inter. Guardei como recordação os últimos minutos, em que os adeptos encurralaram o Inter. Queremos trazer isso de volta ao clube. Sou um treinador apaixonado e quero representar uma equipa com esses valores. Não temos tempo a perder e, por vezes, sermos perfeitos não é sinónimo de vitórias. Temos de estar a um alto nível.»
É o maior desafio da sua carreira? Que objetivos tem para esta época?: «O primeiro objetivo é desenvolver um padrão. Todos gostamos de ganhar jogos e títulos. Sei o que é necessário para isso. Se olharmos longe e nos esquecermos do primeiro passo, podemos cair. Temos de ter união e espírito. O meu presente é o FC Porto, sem esquecer a viagem que fiz até aqui.»
Tem noção do desafio que tem em mãos?: «Tenho consciência disso. O presidente não escondeu nada desde a primeira reunião, com uma análise aprofundada. Estabelecemos uma ligação rápida sobre as áreas a intervir. Passámos várias horas a perceber os papéis de cada jogador. Vamos ter o mercado, mas todos os jogadores vão ter oportunidade e não quero chegar com preconceitos.»
Tem identificados os jogadores que precisa para o plantel?: «Temos uma ideia clara das posições que queremos melhorar. Tive muitas surpresas na minha carreira e, por vezes, um jogador que não está a conseguir ter um bom nível acaba por ser o melhor da equipa.»
«Também podemos adorar jogadores pelo vídeo e recolha de informação, mas depois podem demorar mais tempo a chegar ao ponto que queremos. Precisamos de abertura e entender como os jogadores vão reagir a um ambiente diferente.»
Está preparado para a mentalidade de ganhar ou ganhar?: «Sinto-me confortável em trabalhar e trabalhar. Esse é o único caminho para chegar onde queremos. Sinto um grande desejo de todos em estar comprometidos neste novo projeto. Estamos todos juntos para conseguir o melhor.»
Que estilo de jogo vai procurar implementar?: «É natural existir o desejo de ver coisas novas. Uma nova forma de jogar. Não me compete julgar o que foi feito antes. O clube tomou uma decisão e é por isso que estamos aqui. A avaliação é contínua e o presidente estava bem preparado quando me contratou. Apenas conversámos sobre futebol e alguns detalhes.»
«É claro que vamos querer ter a bola e controlar o jogo. Mais do que impor a nossa ideia, o mais importante é fazer com que as pessoas acreditem. Também é importante ter margem de adaptação.»