6 TRUBIN – Foi uma noite descansada para o guarda-redes ucraniano, apenas sobressaltado por um remate de Moffi, aos 16 minutos, que recolheu no solo, sem problemas. Mas onde se vislumbraram progressos em Trubin foi na forma de abordar o jogo com os pés: muitas vezes solicitado, encontrou sempre o equilíbrio certo, sem correr riscos, entre devolver a bola aos companheiros, ou sair longo, à procura de Pavlidis.  

6 DEDIC – O bósnio, de 22 anos, pode vir a ser muito útil a este Benfica de Lage, assumindo-se como uma espécie de Álvaro Carreras, do lado direito. Embora ainda não tenha a influência, nos desequilíbrios, do espanhol, mostra-se atrevido a subir no corredor e é capaz de defender por dentro, como terceiro central, protegido à direita por Aursnes. Foi ele que fez o passe ao norueguês para a assistência a Ivanovic no 1-0.

6 ANTÓNIO SILVA – Muito certo no passe médio e curto (um dos seus principais problemas), fez um jogo seguro e competente, mostrando-se perfeitamente entrosado com Otamendi. Controlou o seu espaço e foi autoritário, como se deseja de um central. 

7 OTAMENDI - É o patrão desta equipa, pela autoridade que exerce sobre os companheiros, fundada no exemplo. É preciso meter o pé, mete; é preciso chutar para fora, chuta; é preciso esticar o jogo, estica; e está sempre no sítio certo para atalhar algum perigo potencial, como sucedeu nos minutos 36, 57 e 73 minutos, após cruzamentos rasteiros do Nice.  

6 DAHL – O mais conservador dos benfiquistas, endossando as despesas atacantes a Schjelderup e Prestianni, provavelmente avisado a para compensação que devia fazer às subidas permanentes de Dedic, sabendo-se que não podiam avançar ambos em simultâneo. 

7 AURSNES – Que grande jogador de equipa. Foi a rede de segurança de Dedic, quando este se aventurou no ataque; sempre que o bósnio funcionou como terceiro central ao lado de António Silva e Otamendi, assegurou a defesa do franco direito, e ainda teve a qualidade para realizar um cruzamento açucarado, aos 53 minutos, para o golo de Ivanovic. 

 7 RICHARD RÍOS - O ‘playmaker’ da equipa e, muito provavelmente, porque a procissão ainda está a sair do adro e é preciso ser cauteloso, o sucessor de Enzo Fernández, no Benfica. Dono de poderosa meia-distância (tiraço num livre a mais de 30 metros, aos 19 minutos), soube fazer jogar e não só: do ponto de vista defensivo, o seu posicionamento na ocupação de espaços foi irrepreensível, aliviando os centrais. 

6 BARRENECHEA – Sem a criatividade do companheiro colombiano no duplo-pivot, o médio argentino revelou-se competente, capaz de incorporar-se em tarefas defensivas, e muito preciso nos passes de curta e média distância. Importante para a forma como o Benfica controlou o Nice. 

6 SCHJELDERUP – Bem na hora de pressionar alto, o norueguês teve duas iniciativas pela esquerda, que acabaram em pontapé de canto, que colocaram os franceses em sentido. Fez assistências para Pavlidis (39) e Ivanovic (61), de grande qualidade. 

6 PAVLIDIS – Deu-se ao jogo como se não houvesse amanhã, pouco preocupado se a sua missão, entre os centrais, era essencialmente de sacrifício. Mesmo assim, teve um bom remate, à figura, aos 33 minutos, e viu Diouf negar-lhe o golo aos 39. Pode fazer grande dupla com Ivanovic.

5 PRESTIANNI – Entrou para garantir que a pressão alta a partir da esquerda era mantida, e nisso não falhou. Teve, aos 71 minutos, uma meia-distância com a alça levantada, e algumas boas iniciativas de ataque rápido. 

5 LEANDRO BARREIRO – Foi apoiar Henrique Araújo na tarefa de não deixar o Nice sair a jogar de trás e cumpriu com aquilo que Lage queria. A equipa manteve-se organizada. 

5 HENRIQUE ARAÚJO - Um avançado que entrou essencialmente com missão defensiva. Deu-se ao jogo e ajudou a criar espaços. 

7 FLORENTINO – Numa altura em que luta pela titularidade perdida para Barrenechea, deu argumentos a quem entende que tem muito para dar ao Benfica. Marcou um golaço de meia distância, num lance precedido por 14 passes dos encarnados (com o Nice a ver jogar), durante 55 segundos.