
O internacional alemão Julian Draxler, que em 2022/23 teve uma passagem para esquecer pelo Benfica, recordou, ao 'Le Parisien' e ainda que de forma breve, a época que passou na Luz, além de ter revelado o porquê de ter decidido rumar ao Qatar no verão de 2023. Para o jogador, atualmente com 31 anos, a experiência no Al-Ahli está a ser "maravilhosa".
"Sinto-me realizado na minha vida familiar, como pai, marido e jogador de futebol. Estou muito feliz no Qatar. O meu primeiro ano foi um pouco complicado, bem como o fim da minha história no PSG e depois a passagem por empréstimo pelo Benfica, onde acabei por me lesionar. Nunca tive o ritmo necessário para reencontrar o meu nível. Mas a temporada passada foi ótima e foi por isso que renovei o meu contrato até 2028", começou por dizer o médio.
E prosseguiu, quando questionado sobre se alguma vez pensou em colocar um ponto final precoce na carreira: "Sim, não é segredo. Mas hoje estou muito feliz. Tenho muito carinho pelo PSG, vivi anos maravilhosos lá. Era uma equipa cheia de estrelas e nem sempre foi fácil para mim. Lamento a maneira como terminou ao fim de seis temporadas. Quando voltei do meu empréstimo ao Benfica, em 2023, o PSG deixou claro que não contava comigo. Queria encontrar um projeto que me chamasse a atenção. Nessa altura senti que o fim podia estar a chegar, mas depois lá consegui ir para o Qatar".
Além das lesões, que tiveram um grande impacto na carreira de Julian Draxler, o internacional germânico em 58 ocasiões explicou ainda que houve um outro motivo que o fez querer deixar Paris: "Tivemos alguns problemas com uma tentativa de roubo que aconteceu pouco antes de ir para o Qatar. Fiquei a pensar nisso. Estava sempre a dizer que era muito cedo [para me mudar] e, depois, isso aconteceu. Olhei para a minha mulher e disse 'acho que temos mesmo de ir para o Qatar...'. Isso foi o que me convenceu. Nem sempre foi fácil andar em Paris com o meu filho pequeno, precisava de me esconder com um boné. Não sou o Neymar, mas se jogas pelo PSG é difícil teres uma vida normal. No Qatar, é o oposto. Olhas para as pessoas nos olhos. E essa é a vida normal que quero ter", rematou.