Nile Ranger, de 33 anos, não esquece o período em que esteve na Pentonville Prison, em 2017
Nos escalões de formação Nile Ranger andou pelo Crystal Palace, pelo Newcastle e pelo Southampton, mas a tentação de ganhar dinheiro fácil levou-o à prisão em 2017. O avançado de 33 anos, que agora joga no Kettering Town, na 6.ª divisão inglesa, foi detido em 2017 em Pentonville, numa das mais perigosas prisões do país, depois de se ter declarado culpado de fraude bancária. Agora, numa entrevista ao 'The Sun', conta como foi viver entre alguns dos maiores criminosos de Inglaterra, depois de ter treinado ao lado de jogadores como Michael Owen, Fabricio Coloccini ou Andy Carroll.
"Era uma má prisão, cheia de coisas más, não é um lugar para se estar quando não se tem a cabeça no sítio certo. A minha estava, quando comparado com outras pessoas... Tinha sido apenas parvo e indisciplinado", recordou.
Foi condenado a 8 meses mas acabou por estar em Pentonville apenas 10 semanas, saindo antecipadamente por bom comportamento. Mas foram dois meses e meio que tardará a esquecer... "Ouvia pessoas a planear assassinatos e assaltos à mão armada quando saíssem. Havia prisioneiros esfaqueados nos chuveiros e drones a sobrevoar a prisão com drogas e telemóveis. Era um inferno. Saíam baratas dos buracos das paredes, tínhamos de os tapar com toalhas. Se matássemos uma batata apareciam logo outras dos ovos que elas punham. Também havia ratos. Era nojento."
"A comida também era horrível, o frango que nos davam era meio cru. Estava 23 horas por dia fechado, na hora que podia sair tomava banho e fazia algum exercício. Alguns dos guardas eram arrogantes, tentavam diminuir-me. Tinham inveja porque eu era futebolista mas na altura não me apercebia disso", prosseguiu.
Nile Ranger explica como sobreviveu: "Concentrei-me em sair e pensava 'vou estar aqui uns dois ou três meses e depois vou outra vez jogar futebol'. Na altura estava a jogar no Southend e eles pagavam-me os salários. Era nisso que pensava quando os guardas me menosprezavam."
O avançado considera que foi injustiçado. "Senti que a sentença não foi justa. Há gente que fez pior e que ficou com pena suspensa. Penso que o juiz já tinha decidido na noite anterior, quando jantava com a mulher, que me ia prender."
"Era uma má prisão, cheia de coisas más, não é um lugar para se estar quando não se tem a cabeça no sítio certo. A minha estava, quando comparado com outras pessoas... Tinha sido apenas parvo e indisciplinado", recordou.
Foi condenado a 8 meses mas acabou por estar em Pentonville apenas 10 semanas, saindo antecipadamente por bom comportamento. Mas foram dois meses e meio que tardará a esquecer... "Ouvia pessoas a planear assassinatos e assaltos à mão armada quando saíssem. Havia prisioneiros esfaqueados nos chuveiros e drones a sobrevoar a prisão com drogas e telemóveis. Era um inferno. Saíam baratas dos buracos das paredes, tínhamos de os tapar com toalhas. Se matássemos uma batata apareciam logo outras dos ovos que elas punham. Também havia ratos. Era nojento."
"A comida também era horrível, o frango que nos davam era meio cru. Estava 23 horas por dia fechado, na hora que podia sair tomava banho e fazia algum exercício. Alguns dos guardas eram arrogantes, tentavam diminuir-me. Tinham inveja porque eu era futebolista mas na altura não me apercebia disso", prosseguiu.
Nile Ranger explica como sobreviveu: "Concentrei-me em sair e pensava 'vou estar aqui uns dois ou três meses e depois vou outra vez jogar futebol'. Na altura estava a jogar no Southend e eles pagavam-me os salários. Era nisso que pensava quando os guardas me menosprezavam."
O avançado considera que foi injustiçado. "Senti que a sentença não foi justa. Há gente que fez pior e que ficou com pena suspensa. Penso que o juiz já tinha decidido na noite anterior, quando jantava com a mulher, que me ia prender."