Diogo Dalot falou sobre Cristiano Ronaldo e Ruben Amorim na antevisão ao duelo de amanhã com o Lyon, a contar para a primeira mão dos quartos de final da Liga Europa. O lateral do Manchester United sublinhou a importância de ter partilhado o balneário com CR7 e falou também das mudanças implementadas por Ruben Amorim, sublinhando que a equipa está cada vez mais adaptada às ideias do treinador.

Tens estado consistentemente disponível e sem lesões. Que comportamentos tens adoptado para isso e tentas ajudar os teus companheiros de equipa nesse departamento?

"Comecei a tornar-me um pouco mais obcecado por estar sempre disponível. Acho que esse é o primeiro passo para poderes jogar, é estares disponível. Depois de ter tido alguns problemas físicos, sobretudo no meu primeiro ano aqui no United, mudei de mentalidade relativamente a estar disponível fisicamente. Ter o Cristiano como companheiro de equipa ajudou-me a compreender melhor as coisas, a conhecer melhor o meu corpo e a comportar-me de forma mais consistente, e com o aumento do tempo de jogo e da confiança em mim mesmo acabou por tornar-se uma bola de neve. Tento sempre ajudar os meus companheiros de equipa, ainda que sejamos todos seres individuais e o que funciona para mim não funciona necessariamente para eles. Tento fazer sempre tudo o que posso para estar bem fisicamente e depois cabe ao treinador decidir se jogo ou não.

Pronto para os desafios diferentes que o Lyon vai colocar?

Estou sempre pronto para qualquer cenário. Nesta fase da competição, se queremos seguir em frente, temos de reconhecer que os jogos se tornam cada vez mais difíceis. Preparámos bem o jogo e se amanhã estivermos frescos mental e fisicamente podemos fazer uma boa partida.

Falta de intensidade no dérbi de Domingo... é necessária mais intensidade para o jogo de amanhã?

"Posso dizer que foi um jogo muito intenso, porque estive no campo e corri muito, tal como os meus companheiros de equipa. Lutámos muito para sermos competitivos nesse jogo e penso que toda a gente no estádio sentiu que queríamos muito vencer. Toda a gente tem direito à sua opinião, podem gostar ou não do jogo, preferir que tivesse sido mais aberto, mas se perguntarem aos jogadores dos dois lados tenho a certeza que todos dirão que tiveram a abordagem certa para tentar vencer. Ao mesmo tempo, ambas as equipas se respeitaram muito por saberem que os detalhes poderiam decidir a partida. Fomos muito compactos como equipa, que é algo que temos melhorado muito, e penso que criámos o suficiente para ganhar o jogo. No final, como adepto, consigo entender que um dérbi destes terminar 0-0 não é o mesmo e que toda a gente quer ver golos, mas acabou por ser um empate a zero e isso faz parte do futebol.

Declarações à Sport TV:

Vencer Liga Europa salva a época do United?

"É uma competição que queremos ganhar, até porque em caso de vitória dá-nos acesso à Liga dos Campeões no próximo ano. Não diria que salva a época mas terminaria de uma maneira muito melhor, por isso tem sido esse um pouco o nosso foco ultimamente: aproveitar os jogos da Premier League para criar bons hábitos e tentar evoluir naquilo que tem sido o nosso jogo, e na Liga Europa tentar passar as últimas fases. Amanhã teremos uma ótima oportunidade para poder dar um bom passo rumo à final."

Possibilidade de conquistares um título europeu aos 26 anos

"Sinto o peso que é uma competição europeia para este clube, a história do clube também é repleta de triunfos em noites europeias. Obviamente que se perguntares a um fã do United ele vai sempre preferir jogar na Liga dos Campeões, tal como nós, mas não deixa de ser uma noite europeia, uma competição que o clube já ganhou e que também é importante, e por isso estamos focadíssimos em poder vencer. Seria sem dúvida um orgulho enorme ganhar este troféu pelo United."

A equipa já está mais estável com as novas ideias que o Amorim trouxe para o clube?

"Sim, acho que acaba por ser visível. Evoluímos comparativamente à forma como jogávamos há uns meses, e claro que isso iria sempre levar tempo e ainda estamos a tentar melhorar, mas acaba por dar os seus frutos quando começas a ter mais jogos e mais tempo para treinar, e mais tempo para o mister passar as mensagens que quer. Acho que é visível no campo, a equipa está mais confiante e há coisas que já são quase automáticas."

Reencontro com Matic

"Vai ser especial. Foi uma pessoa que me ajudou muito no processo de desenvolvimento como jogador do United, ele era dos poucos que dava uns toques no português quando eu cheguei. Será ótimo voltar a vê-lo e foi alguém importante nos meus primeiros tempos no clube, ajudou-me bastante e fez-me sentir bem e em casa."