
O Benfica está fora da Liga dos Campeões. Apesar de ter caído de pé, as águias não conseguiram quebrar o futebol atacante asfixiante do Barcelona e não conseguiram dar luta, num jogo onde tinham de atacar muito mais. Os Culés apareceram com dois génios à solta... foi impossível contrariá-los.
Jim Carrey e Jeff Daniels protagonizaram em 1995 uma comédia que se tornou blockbuster. Toda a gente quis ir ver, toda a gente quis alugar, toda a gente revê quando dá na televisão. A história de dois doidos a tentar entregar uma mala desaparecida cheia de dinheiro pode não servir de inspiração a Lamine Yamal e Raphinha, mas os dois avançados do Barcelona foram uns génios à solta contra o Benfica e, de alguma forma, entregaram uma mala cheia de dinheiro aos Blaugrana, que seguem em frente na liga milionária.
O Benfica sabia que tinha de atacar e ser mais incomodativo junto da primeira zona de construção para tentar a reviravolta. Mas, a equipa de Bruno Lage teve muita difícil em unir setores. Florentino Luís e Kokçu não acompanharam a pressão exercida por Pavlidis, enquanto Scheldrup foi demasiado precipitado no ataque à última zona do terreno e cansou-se mais na recuperação defensiva do que a atacar.
Um arco olímpico
O Barcelona viu que o espaço para jogar e não teve problemas em acelerar o processo ofensivo e o Benfica sofreu com isso. Antes do primeiro golo de Raphinha, já os homens de Hansi Flick tinha ameaçado por Pedri, Lamine Yamal e Lewandowski. Aos 11 minutos, o brasileiro deu vantagem aos Culés, depois de um passo pouco ortodoxo feito por Lamine Yamal.
Os adeptos do Barcelona ficaram muito entusiasmados a parecia que o jogo ia seguir no mesmo caminho, mas o Benfica empatou no minuto seguinte, por Otamendi. O capitão das águias desviou, após canto e as águias acreditaram que o caminho que o jogo estava completamente aberto. Veio a comprovar-se que foi um erro.
Apesar do golo sofrido, o Barcelona manteve a alta intensidade e o Benfica não foi capaz de controlar as tentativas dos homens de Hansi Flick. A baliza de Trubin estava debaixo de grande pressão, mas o perigo maior surgiu de longe. Lamine Yamal fez um golo de antologia: um remate em arco, depois de ter deixado para trás dois adversários. Um golo que vai surgir nos melhores do ano, seguramente.
Barcelona a gerir
O cenário ficou muito complicado para o Benfica e depois do golo de Lamine Yamal, as águias tiveram ainda maior dificuldade em gerir os ritmos do jogo e as zonas que ocupar para surpreender o Barcelona.
O meio campo da equipa de Hansi Flick estava mais certinho que um relógio suíço: Pedri atrás, De Jong a levar o jogo para a frente e Dani Olmo a ligar tudo para o setor atacante. Além disso, a capacidade de bloquear o futebol ofensivo do Benfica. Foi assim que Baldé teve fugir para o ataque e servir Raphinha para o terceiro golo dos Culés, ainda na primeira parte.
A missão do Benfica no segundo tempo era praticamente impossível. O jogo baixou bastante de ritmo, o Barcelona geriu com grande mestria, as águias atacaram mais e obrigaram Szczesny a várias defesas de bom nível, mas os Blaugrana tiveram sempre muita segurança a defender, além de uma linha de fora-de-jogo bem arrumada. O Benfica teve muitos problemas com essa situação.
As águias dizem adeus às provas europeias, focando agora atenção nas competições nacionais.