Halloween, mas traduzido em Dia das Bruxas. Para além disso, é replicado pelos sustos e surpresas que traz, tal como alguns doces e travessuras.

No Estádio Municipal de Aveiro com pouco mais de três mil pessoas - após a interdição do Estádio do Dragão, o FC Porto serviu um doce envenenado ao Moreirense, após vitória por 2-0 e consequente passaporte carimbado para a Final Four da Taça da Liga. Doce envenenado? Já lá chegamos.

Vítor Bruno mexeu em todos os setores, mas o grande destaque fica para a primeira titularidade de Deniz Gul - que acabou por se mostrar ligeiramente envenenada, após bom trabalho defensivo de Carlos Ponck. Já César Peixoto fez regressar Asué e Pedro Santos à titularidade.

Moreirense bateu à porta... errada

Depois de meia hora de um jogo sem grande história, o relvado foi ganhando cor. Os remates teimavam em não aparecer para qualquer um dos lados, a bola dividia-se entre o meio-campo, mas nada teimava em acontecer.

Com uma bancada amena, o frio da temperatura imperava e não deixava o jogo aquecer. Até baterem esses mesmos 30 minutos no relógio.

@Catarina Morais / Kapta +

O FC Porto cresceu de forma quase instantânea e o Moreirense ia tentando responder. João Mário desferiu um grande remate, mas a direção não foi a certa. Pouco depois, lá apareceu a formação de Moreira de Cónegos a bater à porta errada.

A formação de Vitor Bruno fez a primeira grande jogada coletiva e, no final, Leonardo Buta abriu a porta do primeiro golo do encontro. Eis o único erro defensivo do Moreirense até ao momento... e foi completamente recheado de veneno.

A toada não mudou muito a partir daqui. O FC Porto assumiu a rédea do encontro e chegou ao segundo golo à passagem da hora de jogo, por intermédio de Stephen Eustaquio, numa boa fase do duelo.

Do outro lado, a resposta era quase impercetível. Os comandados de César Peixoto permaneceram fiéis à sua ideia de jogo, mas não incomodavam verdadeiramente os vizinhos. Fazendo a analogia, iam correndo, mas a porta ficava por bater.

Foi preciso chegar aos últimos minutos para Cláudio Ramos bater com a porta na cara de Gabrielzinho e responder travessura à pergunta habitual entre doçura ou travessura. O remate do jogador do Moreirense acabou travado em grande nível, numa das únicas respostas a sério que os cónegos acabaram por demonstrar no encontro.

Resposta dada, resposta encontrada. O caminho do FC Porto segue até Leiria em direção à Final Four da Taça da Liga em janeiro. O adversário? O Sporting. De doce entregue, os dragões saíram da casa emprestada sem esta se mostrar assombrada.