Cristiano Bacci fez a antevisão do jogo em Barcelos de amanhã à noite, a partir das 20.30 horas.

A equipa não ganha há nove jogos. Sente que os jogadores podem estar a entrar num estado de ansiedade que é perigoso para este jogo? "É humano ter medo. O meu trabalho é mesmo nesse sentido. Sinto a equipa está ligada e a trabalhar bem. Os resultados dizem que ainda não chega aquilo que mostrámos. O meu dever, o meu trabalho e o meu foco estão no sentido de mudar a situação atual."

No último jogo, contra o Moreirense, apesar da derrota, os adeptos aplaudiram a equipa, ou seja, há uma espécie de compreensão da parte dos boavisteiros. Que palavras tem para os adeptos: "Os adeptos sabem a nossa situação. Eu sou treinador, sou profissional e agradeço, mas temos que pontuar. Por isso, o foco na semana foi mesmo nisso. Não posso dizer que a equipa não deu o máximo, que os jogadores não fizeram tudo para pontuar, mas não chega. Então, por isso, temos todos que dar mais."

O que espera do Gil Vicente? "Vamos enfrentar uma boa equipa, com experiência e que está a fazer um bom campeonato, mas o nosso foco é em nós mesmos, temos que pensar no temos de fazer."

Bozeník ainda não marcou esta época porque a bola não chega lá ou porque psicologicamente também não está bem: "É normal que o Bozeník seja o alvo, mas todos podem fazer golos. Em cada jogo que fizemos, tivemos oportunidades para isso, estivemos muitas vezes na grande área adversária, recuperámos a bola no meio-campo adversário. São estatísticas, não sou eu que digo. Fizemos cinco golos de bola parada, como todos os jornais escreveram esta semana, mas em termos de golos esperados é quase o dobro. Temos que olhar para as derrotas e para os nove jogos sem ganhar, mas também há coisas positivas neste trabalho que estamos a fazer."

Nos últimos jogos tem apostado num esquema com três centrais. Em que medida isso beneficiou a equipa e o que procurou com essa mudança? "Já o tínhamos feitos antes... Não vou atrás dos números, vou atrás da ideia de jogo que se ajusta com os jogadores que temos à disposição e também com o adversário. Os princípios de jogo são os mesmos, com três, com quatro ou cinco defesas. Cada organização entrega alguma coisa positiva e tira outra. Imagina, num canto defensivo, vais fazer marcação individual ou homem a homem? Não há uma maneira certa para defender ou para atacar. É aí que temos a nossa estratégia."

Apesar de tudo e dos resultados menos conseguidos, sente melhorias na equipa: "Não posso dizer que estou satisfeito, porque os jogos até agora disseram que temos poucos pontos, mas há muitas coisas positivas. Aquilo que temos que melhorar é sermos mais eficazes."