A confiança numa conexão produtiva com Cristiano Ronaldo foi determinante para convencer João Félix a aceitar a oferta do Al Nassr.

Ao que o Record apurou, o Capitão da Seleção não teve necessidade de entrar com contacto com o novo reforço do Al Nassr durante o processo negocial. A intervenção de Jorge Jesus, todavia, foi taxativa sobre as condições de trabalho que o esperam na Arábia Saudita, e que podem ser determinantes para um novo protagonismo de Félix também na Seleção Nacional.

No final da época disputa-se o Mundial'2026 e os dois jogadores estarão apostados em fazer uma prova de eleição, principalmente Cristiano Ronaldo. Por norma, o maior problema dos selecionadores é a falta de tempo para garantirem rotinas entre as principais opções e, alinhando juntos no Al Nassr, a dupla poderá apresentar-se em junho com 40/50 jogos oficiais e cerca de 300 treinos juntos.

Este detalhe pode fazer toda a diferença tendo em conta as opções finais de Roberto Martínez e João Félix rapidamente interiorizou a importância deste pormenor para manter a ambição no limite. O que ajudou a desdramatizar o perigo de eventuais efeitos negativos de deixar o futebol europeu nesta fase da carreira.

Em 2016, quando Portugal conquistou o Euro, o então selecionador nacional, Fernando Santos, apostou num meio-campo com William Carvalho, Adrien e João Mário, três jogadores que chegaram já com as rotinas que tinham no Sporting. Fazendo também lembrar, de alguma forma, as opções de Scolari no Euro'2004, quando a dada altura também investiu em Costinha, Maniche e Deco, o trio que tinha conduzido o FC Porto de José Mourinho à conquista da Liga dos Campeões.