
Edoardo Bove, jovem jogador que colapsou em campo no passado mês de dezembro e procura o regresso aos relvados, esteve presente no Festival de Sanremo e falou sobre o momento pela qual passou e como tem aguentado estes meses.
«Vivo esta experiência entre altos e baixos: o futebol é a minha forma de expressão, sem ele não me sinto o mesmo, sinto que falta algo, como acredito que acontece a um cantor com voz, é uma situação que pode ser comparada à de uma pessoa que perdeu um grande amor», começou por dizer.
«Neste momento sinto-me incompleto, vazio, como se me faltasse alguma coisa, sei que é preciso tempo, muita coragem, estou a receber ajuda para iniciar um caminho de análise sobre mim próprio. Quero agradecer a todos vocês, é um carinho que me atingiu de uma forma especial, para além das cores, das bandeiras, das equipas. Fez-me perceber a gravidade da situação, acordei no hospital sem me lembrar de nada e só quando olhei para as reacções da família, dos amigos, dos desconhecidos que estavam felizes por me ver é que percebi que tinham tido medo de me perder», acrescentou.
Tal como aconteceu, por exemplo, com o dinamarquês Christian Eriksen, Bove poderá usar um desfibrilador para continuar a jogar no futuro. Contudo, terá que ter em atenção que tal é proibido em Itália, onde fez toda a sua carreira, até ao momento.