Javier Saviola concedeu uma longa entrevista ao El Confidencial, na qual abordou a vasta carreira como jogador, ele que passou por clubes como Barcelona, Real Madrid, Benfica, River Plate Mónaco e Sevilha.

O antigo avançado argentino não esqueceu a passagem marcante pelas águias, que durou de 2009 a 2012, proveniente dos merengues, lembrando com saudade a equipa de Jorge Jesus, que jogava de forma «espetacular.»

«O Benfica foi um dos melhores períodos da minha carreira. Voltei a sentir-me confiante, voltei a sentir-me em contacto com o futebol sob o comando de Jorge Jesus. Era uma grande equipa, com David Luiz, Di María, Luisão, Aimar, Cardozo... Tenho recordações espetaculares da forma como essa equipa jogava.»

Saviola, que venceu 18 títulos ao longo da carreira, teceu rasgados elogios a Jesus, com quem trabalhou nas três temporadas na Luz, sobretudo por ter melhorado o aspeto defensivo so seu jogo.

«Valorizo a sua inteligência para encontrar o meu lugar em campo. Além disso, aprendi muito com ele, por exemplo, a defender melhor, que era uma das coisas em que eu era pior, algo que também me ajudou a atacar melhor. O que Jorge Jesus não queria era que os rivais saíssem a jogar com os médios. Bem, há o Busquets, que se jogar não há nada a fazer porque a sua equipa ganha sempre (risos), mas ele é uma exceção que prova a regra. Por isso, a minha tarefa defensiva como criador de jogo era impedir que o médio jogasse, porque havia muitos médios bons. Jorge Jesus mostrava-me vídeos para me fazer perceber o espaço em que me encontrava e como defender apenas a partir de uma posição melhor. Depois testava-me nos treinos, colocando-me onde tinha de estar até me habituar e consegui fazê-lo da melhor forma, simplificando a fase defensiva da equipa», sublinhou.

O ex-internacional argentino, que venceu um Mundial sub-20 e uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, falou ainda sobre a dimensão do Benfica fora de Portugal, recordando o título de 2009/10 que permitiu às águias acabaram com a hegemonia portista de quatro anos seguidos: «A grandeza que este clube tem é algo que só se sabe quando não se está lá dentro. Lembro-me de jogar jogos fora de Portugal e de ver a quantidade de pessoas que nos acompanhavam. As pessoas de lá [Portugal] têm uma memória muito viva dessa equipa, pois conseguimos ganhar o campeonato e quebrar a série do FC Porto