Em Paris, Remco Evenepoel voava para o ouro nos Jogos Olímpicos quando teve um problema mecânico bem perto do fim da prova em linha. Perante a ausência de comunicações via rádio na competição, o belga deixou a sua bicicleta e gesticulou efusivamente, pedindo uma para trocar, em segundos que acrescentaram emoção ao desfecho da corrida.

Na altura, a vantagem que Evenepoel tinha fê-lo não ser prejudicado pelo incidente, tendo tempo de, em cima da chegada, sair da bicicleta e pousar para a eternidade aos pés da Torre Eiffel. Se em Paris a avaria foi em cima do fim, em Zurique foi antes do arranque.

Remco foi o último a partir para a prova de contra-relógio dos Mundiais de ciclismo na Suíça. E, quando já estava na rampa de saída para a prova, teve um problema na sua bicicleta. Os nervos chegaram, sentiu-se a tensão de reparar a avaria antes do cronómetro começar a contar.

A poucos segundos do momento em que teve de partir, a situação foi resolvida. Tal como em Paris, os nervos não terão afetado o antigo internacional pelas seleções jovens de futebol pela Bélgica, que pedalou triunfalmente para o ouro em Zurique.

Correspondendo ao favoritismo, Remco Evenepoel sagrou-se campeão do mundo de contra-relógio. O belga fez os 46,1 quilómetros do percurso em 53,01 minutos, 7 segundos mais rápido do que o medalha de prata, o italiano Filippo Ganna. O bronze foi para outro italiano, Edoardo Affini.

Com este triunfo, Remco revalida o título obtido há um ano. Nelson Oliveira foi o melhor português, acabando em 15.º. João Almeida, que não corria desde que a Covid-19 o atirou para fora da Vuelta, foi 24.º.