André Mosqueira do Amaral, candidato a CEO da Liga Centralização pela lista de Reinaldo Teixeira, que hoje apresentou oficialmente a sua candidatura à presidência do organismo, salientou, em declarações na zona mista, que a questão da centralização dos direitos televisivos será "o grande dossiê" em que irá trabalhar.

"Queria, antes de mais, agradecer àqueles, e não são poucos, que vieram realmente de muito longe. Eu acho que isso ilustra o quão importante e extensa é a influência do futebol profissional português. E, portanto, agradeço a todos esses que vieram de muito longe e é fantástico sentir isso. Agradeço também ao Reinaldo [Teixeira] o desafio para ser CEO da Liga Portugal. Eu acho que temos uma equipa e, com a liderança do Reinaldo, pronta para tomar todos estes desafios que nos vão surgir pela frente da melhor maneira. O desafio central, como o nome indica, é a centralização. Esse vai ser o grande dossiê que vamos trabalhar. E, com todos os recursos, todos os conhecimentos, todas as experiências, realmente fazer com que o futebol português obtenha o seu maior valor possível de mercado", começou por dizer, explicando de seguida os três pilares da centralização e vincando que irá trabalhar com afinco para maximizar o valor de mercado do futebol português.

"Na centralização há três pilares. Há o pilar do produto audiovisual, e aí contamos com a experiência concreta, e isso vai ser muito inovador em Portugal, embora já se faça noutros mercados, que é ter uma lógica de conteúdos e uma preocupação verdadeira do audiovisual e com a qualidade do produto audiovisual. Por outro lado, a questão do regulamento de comercialização. Como é que consigo criar condições para que o produto obtenha o seu valor mais alto. A forma de o fazer é através de processos totalmente transparentes e que respondem às heurísticas principais, sendo que a principal é a maximização do valor. É para isso que estamos cá, para fazer com que esse valor seja o maior possível. E por fim, a questão do regulamento da distribuição. Acho que aí temos de olhar para outras experiências, olhar para outras ligas e aprender com elas, sem prejuízo. Estar muito atento àquilo que é a realidade do futebol português, aquilo que é a nossa realidade única. As importações forçadas de modelos estrangeiros devem ser vistas com muita cautela e temos de tentar integrar as nossas especificidades", acrescentou.

Antes de terminar a sua intervenção, aproveitou para contar um pouco sobre o seu percurso académico e profissional, assim como as experiências que serão, na opinião de André Mosqueira do Amaral, uma mais-valia para o futuro: "Eu desenvolvi a minha carreira em banca de investimento internacional, a maior parte da minha carreira foi no estrangeiro. Dentro dessa carreira, estive sempre envolvido em operações de grande envergadura, muitas delas dentro do mundo do desporto e do futebol. Essas são as valências que me trazem aqui. A capacidade de organizar processos competitivos grandes a nível internacional, daí ter-se falado da internacionalização. Essa valência é importante para maximizarmos o valor do nosso futebol, de uma forma transparente e que seja coerente com aquilo que se faz no mercado internacional. Essa é a minha experiência e o meu conhecimento."