
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou este domingo histórica a decisão dos Estados Unidos de fornecer à Ucrânia "garantias de segurança" para terminar a guerra com a Rússia, na véspera do encontro com o líder norte-americano, Donald Trump, em Washington.
"Trata-se de uma decisão histórica que os Estados Unidos estejam prontos a participar nas garantias de segurança para a Ucrânia", disse Zelensky nas redes sociais, após ter participado, em Bruxelas, numa reunião por videoconferência da "Coligação dos Dispostos", que reúne os aliados de Kiev.
"As garantias de segurança, como resultado dos nossos esforços conjuntos, devem ser verdadeiramente práticas, fornecer proteção em terra, no ar e no mar, e devem ser desenvolvidas com a participação da Europa ", escreveu o líder ucraniano, que se deslocou a Bruxelas para participar na reunião.
A reunião dos aliados europeus da Ucrânia realizou-se na véspera do encontro de Zelensky com o Presidente norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca, na qual o líder ucraniano será acompanhado por representantes da 'Coligação dos Dispostos', nomeadamente a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e os líderes de França, Reino Unido, Alemanha, Finlândia e Itália, além do secretário-geral da NATO.
O objetivo da viagem a Washington é obter informações em primeira mão sobre os resultados do encontro de Trump com o Presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, na sexta-feira.
A cimeira entre o líder norte-americano e o homólogo russo, Vladimir Putin, terminou sem um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, como pretendia Donald Trump.
Kiev tem insistido na necessidade de um cessar-fogo como condição prévia para negociações de paz com Moscovo.
Depois da cimeira de sexta-feira, o Presidente dos EUA passou a defender um acordo de paz como solução para a guerra na Ucrânia, iniciado pela invasão russa em fevereiro de 2022.