
Cientistas defendem que Úrano emite calor interno, contrariando a tese de décadas de que o planeta tinha falta dele, foi ontem divulgado.
Para chegarem a esta conclusão, investigadores da Universidade britânica de Oxford e da agência espacial norte-americana (NASA) usaram modelos computacionais avançados e dados recolhidos durante décadas por telescópios terrestres e espaciais, incluindo o Hubble.
"Fizemos muitos cálculos para ver quanta luz solar reflete Úrano e percebemos que, na realidade, reflete mais do que se tinha estimado", afirmou o físico planetário Patrick Irwin, da Universidade de Oxford, que liderou a equipa que conduziu o trabalho.
A metodologia usada no estudo permitiu, segundo os seus autores, calcular com maior precisão o balanço energético de Úrano: quanta energia recebe do Sol e reflete como luz e quanta energia emite como calor.
De acordo com o estudo, Úrano emite aproximadamente 15% mais energia da que recebe do Sol, indicando que conserva uma fonte interna de calor, apesar de menor comparativamente à de Neptuno, planeta vizinho.
Úrano é o sétimo planeta do Sistema Solar, a contar do Sol, e a sua órbita fica entre a de Saturno e a de Neptuno.
O planeta, um gigante gelado, foi "visitado" em 1986 pela sonda espacial Voyager 2, da NASA.