
O Presidente dos EUA, Donald Trump, prossegue os esforços de remodelação da Casa Branca. Depois de gastar 200 milhões de dólares no novo Salão de Baile na Casa Branca e de pavimentar o Rose Garden, Trump decide agora mudar a decoração escondendo retratos de antecessores.
Em causa estarão as imagens dos antecessores de Trump com os quais mantinha uma relação menos amigável, como é o caso de Barack Obama, George W. Bush e George H. W. Bush. Os retratos destas figuras terão sido movidos para o topo de uma escada numa área restrita da Casa Branca.
De acordo com informação avançada pela CNN, esta escadaria é pouco acessível aos visitantes, ficando, desse modo, escondidos do público em geral.
O local onde agora se encontram estas imagens está apenas ao alcance da família do Presidente, agentes do Serviço Secreto dos EUA e um número limitado de funcionários da Casa Branca e da residência executiva.
Apesar desta mudança, o protocolo defende que os retratos dos presidentes americanos mais recentes estejam num local mais proeminente, como é a entrada da mansão, para que o público e convidados em eventos oficiais os possam ver.
Esta não é a primeira vez que um retrato de Obama é deslocado dentro da residência oficial. Em abril, o retrato foi movido para o Grand Foyer da Casa Branca, tendo sido substituído por uma pintura de Trump quando foi alvo de tentativa de homicídio em Butler, Pensilvânia.
Mudanças e mais mudanças (e muitos dólares envolvidos)
Tal como a SIC Notícias já tinha avançado, Donald Trump vai gastar 200 milhões de dólares, cerca de 175 milhões de euros, de investimento privado num salão de baile 8.400 metros quadrados que remodelará a Ala Leste da Casa Branca. Esta, que é uma das maiores mudanças já realizadas na residência oficial dos Presidentes dos EUA, não é a única remodelação, mas sem dúvida a mais significativa.
O salão terá capacidade para 650 pessoas, mais do que o triplo da capacidade do Salão Leste, atualmente o maior salão da mansão, e a construção está prevista para começar em setembro, com conclusão "muito antes" do fim do segundo mandato de Trump.
Esta era já uma ambição antiga do Presidente dos Estados Unidos que, segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, incomodava tanto Trump quanto antecessores. Em causa a falta de espaço para grandes eventos que exigia "uma tenda grande e feia" a cerca de 90 metros da entrada principal da residência.
Além desta mudança, o Presidente norte-americano também já procedeu à pavimentação do Jardim das Rosas da Casa Branca, outrora coberto de relva. A Associated Press dava conta, no final de julho, da obra quase finalizada na mansão. O Jardim das Rosas foi criado durante o governo do democrata John F. Kennedy e, desde então, tem sido usado pelos Presidentes para grandes anúncios e cerimónias com a presença de ilustres figuras.
A remodelação deixou para trás o verde da relva para dar lugar ao branco acinzentado da calçada.