
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje que ordenou que "dois submarinos nucleares fossem posicionados em zonas apropriadas", na sequência de "comentários provocatórios" do antigo presidente russo Dmitri Medvedev.
"Ordenei que dois submarinos nucleares fossem posicionados nas zonas apropriadas, para o caso de estas declarações idiotas e inflamatórias serem mais graves do que isso. As palavras são importantes e podem muitas vezes ter consequências inesperadas, espero que não seja esse o caso desta vez", escreveu o Presidente dos Estados Unidos na sua rede social Truth Social.
Não especificou para onde exatamente seriam enviados os submarinos, nem se seriam movidos a energia nuclear ou transportariam ogivas nucleares.
Na quinta-feira, Medvedev criticou duramente o Presidente norte-americano na plataforma Telegram, mencionando "a famosa mão morta" - uma referência a um sistema automatizado ultrassecreto criado durante a Guerra Fria para controlar o arsenal nuclear da Rússia.
Numa mensagem na rede social X a 28 de julho, o antigo governante russo, atual número dois do Conselho de Segurança da Rússia, afirmou que cada novo ultimato estabelecido por Donald Trump para acabar com a guerra na Ucrânia "era uma ameaça e um passo para a guerra" com os Estados Unidos.
Medvedev acrescentou que a Rússia "não era Israel, nem tão pouco o Irão".
Donald Trump, numa outra publicação, cerca de uma hora antes do anúncio do destacamento dos submarinos, disse que cerca de 20.000 soldados russos morreram na guerra este mês e que o número acumulado do ano ascende a 112.500.
O Presidente norte-americano ameaça impor duras sanções económicas contra a Rússia se o seu homólogo russo, Vladimir Putin, não cessar as hostilidades na Ucrânia até ao final da próxima semana.
Em particular, Trump está a considerar as chamadas sanções secundárias, ou seja, impostas aos países que compram petróleo russo, com o objetivo de secar esta fonte essencial de receitas para a máquina de guerra russa.
Pouco depois do seu regresso ao poder, em janeiro, o republicano de 79 anos fez uma aproximação a Vladimir Putin, convencido de que a sua boa relação com o líder russo lhe permitiria pôr rapidamente fim à guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa de fevereiro de 2022.
Esta meta fracassou até ao momento, com Donald Trump a afirmar por diversas ocasiões "estar desiludido" com Putin.