
Um inesgotável Arsenal de golos
Para esta temporada ser perfeita, só lhe falta mesmo a consagração como Bota de Ouro europeu. O facto de ter sido obrigado a jogar no início do ano debaixo de deficiente condição física reforça o brilhantismo da missão hercúlea que concluiu com 39 golos e oito assistências. Tudo indica que irá despedir-se de Portugal no Jamor, não sendo crível que o inesgotável goleador participe no outro Sporting-Benfica (final da Supertaça) que vai abrir a época 2025-26. Viktor Gyökeres deixa particulares saudades entre o universo leonino mas é inquestionável que todo o futebol português perde com a anunciada transferência para o Arsenal.
Viktor Gyökeres (10)
Deu a mão a toda a equipa
Ficará sempre na história como o autor do golo que valeu o precioso empate na Luz. Francisco Trincão será lembrado sobretudo por isso e no entanto foram vários os momentos em que se revelou determinante para o bicampeonato. Além de ter sido um notável exemplo de sacrifício em prol da equipa (fez muitos jogos a recuperar de fratura na mão), notabilizou-se como o rei das assistências na Liga (um total de 14) e na memória também deve sobressair aquele golo em Guimarães, já em tempo de descontos, que valeu um empate a quatro bolas. Se continuar em Alvalade, o esquerdino será um dos grandes capitães para 25-26.
Francisco Trincão (9)
Tanto verde e muito... amarelo
O dinamite dinamarquês de um meio-campo que em determinada altura parecia ter implodido por completo. Sem Bragança, sem João Simões, sem Pote, muitas vezes sem Morita, o que valeu a Rui Borges foi o gigantismo do capitão de equipa, infalível na coabitação com o adaptado Zeno Debast e conselheiro mor de jovens como Alexandre Brito ou Eduardo Felicíssimo. O líder do balneário foi também o líder da indisciplina leonina no campeonato (11 cartões amarelos e um vermelho), algo que num momento crucial foi cirurgicamente tratado pelo treinador, acautelando a sua utilização no dérbi do século.