A sonda SLIM, que fez do Japão o quinto país do mundo a aterrar com sucesso na Lua, concluiu a missão de exploração lunar depois de perder a comunicação, confirmou esta terça-feira a agência aeroespacial japonesa.
A Jaxa disse que declarou a conclusão das operações da sonda SLIM (Smart Lander for Investigating Moon) na sexta-feira, depois de "demonstrar resultados que foram além dos objetivos iniciais", incluindo ter sobrevivido às temperaturas geladas de três noites lunares.
A agência japonesa planeia publicar um documento com todas as conquistas da investigação SLIM no próximo outono.
A sonda completou com êxito uma aterragem lunar de precisão a 20 de janeiro, tornando o Japão o quinto país a aterrar no satélite natural da Terra, depois dos Estados Unidos, da antiga União Soviética, da China e da Índia.
No entanto, devido a um problema no motor nas últimas dezenas de metros da descida, a SLIM aterrou num ângulo que privou as células fotovoltaicas, viradas para oeste, de luz solar.
Depois de um período inicial de inatividade de cerca de dez dias e um primeiro despertar, a sonda foi colocada em hibernação e sobreviveu à primeira noite lunar, antes de voltar a dormir no início de março.
O último contacto com a Terra foi a 28 de abril.
A SLIMaterrou numa pequena cratera, com menos de 300 metros de diâmetro, chamada Shioli. Antes de ser desligada, a nave pôde descarregar dois mini-rovers (veículos de exploração lunar), que deviam efetuar análises de rochas da estrutura interna da Lua (o manto lunar), sobre as quais ainda se sabe muito pouco.
Uma outra sonda, a Odysseus, enviada pela empresa privada norte-americana Intuitive Machines, também conseguiu aterrar na Lua no final de fevereiro. No entanto, a empresa, que inicialmente esperava reativá-la após a noite lunar, anunciou em março o encerramento definitivo da sonda.
A Odysseus foi a sonda que aterrou mais a sul na Lua, uma zona de particular interesse para as grandes potências porque contém água sob a forma de gelo.
A agência espacial norte-americana NASA espera retomar os voos tripulados à Lua no âmbito do programa Artemis.