
O combate aos incêndios em Espanha evolui favoravelmente, com a descida das temperaturas após 16 dias de onda de calor, mas haverá ainda "horas difíceis", alertou o primeiro-ministro. Pedro Sánchez afirmou que o Governo vai declarar várias zonas de catástrofe.
Apesar das previsões meteorológicas favoráveis e de vários incêndios estarem esta terça-feira a ser controlados, "haverá ainda horas difíceis", sublinhou Sánchez, numa declaração a jornalistas numa das zonas mais afetadas pelos fogos na Extremadura.
O líder do Governo espanhol pediu por isso a todos os cidadãos para "extremarem as precauções" e continuarem "atentos às recomendações das instituições" relacionadas com os incêndios.
Sánchez realçou que os grandes incêndios que está a enfrentar Espanha, e "além da causa dos fogos", coincidiram com uma onda de calor de 16 dias consecutivos que terminou na segunda-feira e que é "a maior e mais longa" no país desde pelo menos 1975, data a partir da qual há registos comparáveis.
Neste contexto, voltou a apelar para "um pacto de Estado face à emergência climática" e afirmou que vai iniciar em setembro uma ronda de contactos e trabalhos com esse objetivo.
Por outro lado, anunciou que o Governo espanhol vai declarar "zona de catástrofe" várias das áreas afetadas pelos fogos na próxima terça-feira, na reunião semanal do Conselho de Ministros, com o objetivo de mobilizar meios para "a reconstrução", sem dar mais pormenores.