O Governo prolongou a situação de alerta até domingo, 17 de agosto. O anúncio foi feito esta quinta-feira à tarde pela ministra da Administração Interna na sede da Proteção Civil, em Lisboa.

Maria Lúcia Amaral falou sobre os incêndios que estão a assolar o país há 22 dias. Começou por exprimir “profunda solidariedade” com todas as pessoas que têm sido afetadas, assim como um “profundo agradecimento” a todos os profissionais que estão na linha da frente.

“A unidade, a perseverança inquebrável de todas estas pessoas que combatem os incêndios na linha da frente tem sido notável e a todos, sejam eles bombeiros, proteção civil, forças de segurança, forças armadas, o nosso profundo agradecimento”, disse.

Sublinhado, a seguir, que têm sido “22 dias consecutivos de uma onda de calor ininterrupta que gera, evidentemente, naqueles que estão na linha da frente exaustão e cansaço”. Por isso, frisa, é importante que ninguém está excluído do esforço conjunto, que ninguém está excluído deste combate que é de todos e que por isso é necessário manter a vigilância (...) e pensar que esta é uma luta nacional, é um combate de todos”.

Tendo isto em conta, o Governo prolongou a situação de alerta até domingo, dia 17 de agosto, mantendo-se todas as restrições e proibições já impostas anteriormente.

“Temos o maior dispositivo de sempre no terreno”

Questionada sobre as críticas e apelos que têm surgido por parte dos autarcas relativamente à falta de meios, Maria Lúcia Amaral diz que “compreende”, mas que neste momento o Governo tem no terreno “o maior dispositivo de sempre”.

“Ontem, 13 de agosto, tínhamos disponíveis no terreno 603 veículos terrestres, 1850 operacionais, tínhamos realizado 167 missões aéreas. (...) Hoje, às 16:00, eram um pouco mais do que aqueles que tínhamos ontem. Estes meios demonstram, e isto parece-me claro, que o país está a responder”.

Portanto, “ninguém está imune à descoordenação”, afirma a ministra da Administração Interna. “Num esforço tão grande quanto este, pode ocorrer, e ocorrerá inevitavelmente porque tudo é extraordinariamente complexo. Agora, no seu todo, podemos dizer duas coisas: primeiro que estamos muito empenhados em garantir este esforço até ao fim, segundo que este esforço, que é um esforço conjunto em que todo o país, está a responder”.