Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) admitem que houve erro humano na triagem e encaminhamento da grávida que acabou por ter o bebé na rua, no Carregado.

Em comunicado, os SPMS explicam que a paciente foi encaminhada para a urgência obstétrica de Loures, quando a chamada devia ter sido transferida para o INEM. Referem que a utente ligou para a “Linha SNS Grávida”, às 10:16 horas, de segunda-feira, e que a chamada demorou 17 segundos a ser atendida por um enfermeiro.

Depois, o processo de triagem demorou cerca de 4 minutos tendo a grávida sido encaminhada para o hospital referenciado naquele momento, que, segundo a informação do sistema, era o Beatriz Ângelo, em Loures.

De acordo com averiguação preliminar solicitada pela SPMS ao operador privado da Linha SNS 24, existiu um erro humano na aplicação do algoritmo de triagem e no encaminhamento, levando a que a chamada não tivesse sido transferida para o INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica.

No comunicado, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde lamentam ainda o sucedido.

Também a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ordenou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) a abertura de um inquérito para investigar a assistência prestada pela Linha SNS 24 e pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) no momento da ocorrência.

Na segunda-feira, uma jovem de 28 anos deu à luz em plena rua, com a ajuda dos pais, no Carregado. A mulher estava grávida de 40 semanas e cinco dias.